Reatogenicidade de vacinas contra febre amarela em estudo randomizado, controlado com placebo
AUTOR(ES)
Camacho, Luiz Antonio Bastos, Aguiar, Savitri Gomes de, Freire, Marcos da Silva, Leal, Maria da Luz Fernandes, Nascimento, Jussara Pereira do, Iguchi, Takumi, Lozana, José Azevedo, Farias, Roberto Henrique Guedes
FONTE
Revista de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-06
RESUMO
OBJETIVO: Comparar a reatogenicidade de três vacinas contra a febre amarela (FA) das sub-cepas WHO-17D e 17DD (diferentes lotes-semente), e placebo. MÉTODOS: Foram recrutados 1.087 adultos elegíveis para vacinação contra FA no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Vacinas produzidas por Bio-Manguinhos, Fiocruz (Rio de Janeiro, RJ) foram administradas ("dia zero") seguindo procedimentos adaptados para alocação randômica em blocos e "cega" para o tipo de vacina. Eventos adversos pós-vacinação foram registrados em questionários e diários preenchidos pelos participantes. Enzimas hepáticas foram medidas nos dias 0, 4-20 e 30 do estudo. A viremia foi medida nos dias 4-20. A resposta imune foi verificada em testes sorológicos nos dias 0 e 30. RESULTADOS: Os participantes eram predominantemente homens jovens. A taxa de soroconversão foi superior a 98% no grupo soronegativo antes da vacinação. Comparado ao placebo, a diferença de risco de eventos adversos locais variou de 0,9% a 2,5%, e de 3,5% a 7,4% para eventos adversos sistêmicos nos grupos vacinados. A diferença de risco desses eventos com assistência médica e/ou falta ao trabalho variou de 2,0% a 4,5%. Viremia foi detectada em 3% a 6% dos vacinados até 10 dias após a vacinação. As variações nos níveis de enzimas hepáticas pós-vacinação foram semelhantes nos grupos vacinados e placebo. CONCLUSÕES: Foi demonstrada pela primeira vez a semelhança do perfil de reatogenicidade das vacinas contra FA das cepas 17D e 17DD, comparados entre si e com placebo. As variações das enzimas hepáticas constituem evidência contra o potencial de viscerotropismo do vírus vacinal.
ASSUNTO(S)
vacina contra febre amarela efeitos adversos ensaios controlados aleatórios brasil
Documentos Relacionados
- Imunogenicidade das vacinas contra febre amarela WHO-17D e 17DD: ensaio randomizado
- Cloridrato de sertralina não previne hipotensão intradialítica : estudo cruzado, duplo cego, randomizado, controlado com placebo
- Diferentes dispositivos inalatórios na crise aguda de asma : um estudo randomizado, duplo-cego, controlado com placebo
- Diferentes dispositivos inalatórios na crise aguda de asma: um estudo randomizado, duplo-cego e controlado com placebo
- Chá Verde Atenua a Hipotensão Induzida por Exercício: Um Estudo Randomizado, Placebo-Controlado