Reações adversas à oxacilina em crianças hospitalizadas: um estudo prospectivo

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-03

RESUMO

OBJETIVOS: acompanhar crianças expostas à oxacilina durante hospitalização, com foco na incidência de reações adversas. MÉTODOS: os pacientes foram selecionados em enfermarias pediátricas de dois hospitais de Fortaleza (Hospital Universitário Walter Cantídio-HUWC e Hospital Infantil Albert Sabin-HIAS), desde a primeira prescrição de oxacilina, sendo feita coorte prospectiva entre outubro, 2000 e julho, 2001 (HUWC), e entre julho,2001 e março,2002 (HIAS). O seguimento de pacientes deu-se através de visitas diárias às enfermarias e análise de prontuários e prescrições. Os casos de RAOx foram notificados e classificados quanto à causalidade e gravidade, sendo realizados testes estatísticos pertinentes. RESULTADOS: dos 130 pacientes expostos à oxacilina, 27 apresentaram RAOx (20,8%), sendo febre a reação mais freqüente (50%), seguida do rash cutâneo (35,7%). A maioria das reações foi considerada Provável, pois a oxacilina foi o único medicamento envolvido e 92,6% dos casos tiveram gravidade Moderada, sendo necessárias intervenções terapêuticas devido à RAOx. Uma associação significante entre tempo de exposição à oxacilina e aparecimento de RAOx, assim como entre tempo de internamento e ocorrência de reação foi observada. Um tempo de exposição maior que 14 dias apresentou-se como fator de risco para ocorrência de RAOx (risco relativo = 5,49). CONCLUSÕES: recomenda-se administração cautelosa de oxacilina em crianças, com duração do tratamento estabelecida, evitando-se tratamento empírico e uso prolongado.

ASSUNTO(S)

oxacilina monitorização reação adversa seguimento farmacoterapêutico

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