Reação capsular aos revestimentos de próteses mamárias de silicone texturizado e espuma de silicone em ratos

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Cirurgica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-10

RESUMO

OBJETIVO: Comparar a reação capsular de dois revestimentos de próteses de silicone através da característica biofísica de aderência e dos aspectos microscópicos de reação inflamatória e formação de colágeno. MÉTODOS: Implantaram-se no dorso de 32 ratos duas membranas de silicone ambas possuindo uma superfície lisa e outra diferindo em sua estrutura. Estes revestimentos foram de espuma de silicone (LifeSil) ou silicone texturizado (Mentor). Os dois grupos foram divididos em quatro sub-grupos conforme o tempo de pós-operatório avaliado: 7, 14, 30 e 60 dias. Obteve-se material para análise biofísica de aderência, a qual foi realizada com tensiômetro para obtenção de valores em kgf. O estudo microscópico da reação inflamatória e síntese de colágeno foi realizado com colorações de hematoxilina-eosina e picrosirius. Os dados foram submetidos a testes para avaliação da significância estatística. RESULTADOS: Houve maior aderência do revestimento de espuma de silicone ao tecido capsular, sendo este valor estatisticamente significativo (P<0,001). Quanto à reação inflamatória observou-se maior intensidade também neste grupo, porém sem significância estatística. Na contagem de células gigantes e granulomas os valores foram maiores para o grupo espuma de silicone com significância estatística no sub-grupo 60 dias (P<0,028) para número de granulomas; e em todos os sub-grupos (variando de P<0,012 a P<0,036) para o número de células gigantes. A reação capsular à espuma de silicone foi mais espessa, com significância estatística nos sub-grupos sete dias (P<0,028) e 60 dias (P<0,012). No estudo da síntese de colágeno, as diferenças não foram significantes estatisticamente. CONCLUSÃO: A reação capsular ao revestimento de espuma de silicone apresentou características de ter maior aderência ao tecido peri-implante, ser mais espesso, possuir maior número de granulomas e células gigantes de corpo estranho. Não demonstrou diferença quanto à intensidade da reação inflamatória em relação ao colágeno tipo I e tipo III, quando comparado ao revestimento texturizado.

ASSUNTO(S)

implante mamário silicones materiais biocompatíveis contratura ratos

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