Rastafari: identidade e hibridismo cultural na Jamaica, 1930-1981

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Na Jamaica, o passado colonial baseado na plantation escravista, produziu uma sociedade estratificada na qual a cor mais clara da pele era considerada um meio de distinção social inclusive entre os afro-descendentes, mesmo após o fim da escravidão em 1838. Contra essa marginalização dos afro-jamaicanos, surgiu na década de 1930, um movimento religioso chamado Ras Tafari, cujas principais doutrinas a princípio era a divindade do imperador Haile Selassie I da Etiópia, o desejo de repatriação para a África e a rejeição da sociedade jamaicana e, por extensão das sociedades e do imperialismo ocidentais. Nesse sentido, o movimento era considerado milenarista, messiânico e escapista por seus primeiros pesquisadores e era fortemente estigmatizado pela sociedade envolvente. As tensões entre ambos atingiram seu ápice nos anos cinqüenta e sessenta, quando então começou um processo de negociação ambivalente que ainda se encontra em curso. Contudo, o movimento rastafari não constitui um movimento unificado e centralizado, produzindo uma enormidade de doutrinas, crenças e rituais, os quais são resultados dos processos de hibridação e/ou creolização características das culturas caribenhas.

ASSUNTO(S)

rastafarismo jamaica cultural hybridism jamaica rastafarism creolization religiosidade hibridismo cultural creolização religiosity historia

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