Ranibizumabe intravítreo como tratamento adjuvante para glaucoma neovascular

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras.oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-04

RESUMO

O objetivo deste estudo foi descrever uma série de casos prospectivos de 5 olhos tratados com ranibizumabe intravítreo para glaucoma neovascular (GNV). Cinco pacientes com GNV refratário, secundário a retinopatia diabética proliferativa (4 pacientes) e oclusão de veia central da retina (1 paciente), não responsivos a terapia medicamentosa máxima tolerada e panfotocoagulação da retina, receberam ranibizumabe intravítreo (0,5 mg). Os pacientes foram vistos no 1º, 3º e 7º dia após a aplicação e conforme necessário. O sucesso foi definido como pressão intraocular (PIO) d"21 mmHg, com ou sem uso de medicação antiglaucomatosa. Aqueles com PIO > 21 mmHg, apesar da medicação máxima tolerada, foram submetidos à trabeculectomia com mitomicina C (MMC) 0,5mg/mL por 1 minuto. Falência foi definida como PIO > 21 mmHg, phthisis bulbi, perda da percepção de luz ou necessidade de cirurgia antiglaucomatosa adicional. O resultado primário avaliado foi o controle da PIO após 6 meses do procedimento. A PIO média antes da injeção era de 37 mmHg (DP=7 mmHg). Dois pacientes foram submetidos somente a injeção intravítrea de ranibizumabe, obtendo controle da PIO após o procedimento. Três pacientes foram submetidos à trabeculectomia com MMC no 7º dia após a injeção. Após 6 meses de seguimento, a PIO média era de 12 mmHg (DP=3 mmHg). Todos os olhos mostraram regressão da rubeosis iriana e controle da PIO. A acuidade visual melhorou em 2 olhos, piorou em 1 olho e permaneceu estável em 2 olhos. Estas informações sugerem que a injeção intravítrea de ranibizumabe pode ser uma ferramenta útil no tratamento do GNV.

ASSUNTO(S)

glaucoma neovascular quimioterapia adjuvante pressão intraocular injeções intravítreas anticorpos monoclonais relatos de casos

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