Radioterapia e quimioterapia neoadjuvantes e cirurgia comparado com a cirurgia no tratamento do carcinoma epidermoide do esôfago

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Gastroenterol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-04

RESUMO

Contexto Apesar dos progressos realizados nos últimos anos em métodos de diagnóstico e tratamento cirúrgico do câncer de esôfago, ainda há controvérsias sobre os benefícios reais da quimioradioterapia neoadjuvante. Objetivo Avaliar o tempo de sobrevida em pacientes operados de carcinoma de células escamosas do esôfago com ou sem quimioradioterapia neoadjuvante. Método Estudo retrospectivo, não randomizado, realizado com os prontuários dos pacientes submetidos a esofagectomia por carcinoma de células escamosas do esôfago na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brasil, entre 1979 e 2006. Na análise estatística, o estimador de Kaplan-Meier foi utilizado para calcular as curvas de sobrevivência e do teste log-rank para comparar a sobrevivência em cada grupo. O nível de significância foi estabelecido em 5%. Resultados O total de 123 pacientes foi avaliado neste estudo, dividido em três grupos: I - 26 (21,2%) pacientes submetidos a esofagectomia, II - 81 (65,8%) pacientes submetidos a radioterapia neoadjuvante seguido de esofagectomia e III - 16 (13%) submetidos a quimioradioterapia neoadjuvante seguido de esofagectomia. Diferença estatisticamente significativa na sobrevida foi registrado entre os grupos (log rank = 6,007, P = 0,05), tendo maior sobrevida o grupo submetido a quimioradioterapia neoadjuvante, seguida pelo grupo submetido a radioterapia neoadjuvante em comparação com o grupo submetido a esofagectomia apenas como o tratamento inicial de escolha. Conclusão A radioterapia e a quimioterapia neoadjuvantes em pacientes com carcinoma de células escamosas do esôfago oferecem benefícios e aumenta a sobrevida.

ASSUNTO(S)

neoplasias esofágicas carcinoma de células escamosas esofagectomia quimioterapia adjuvante radioterapia adjuvante

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