Radioterapia adjuvante para câncer do endométrio estádio inicial

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-08

RESUMO

OBJETIVO: Comparar as taxas de sobrevida global (SG), sobrevida livre de doença (DFS) e de toxicidade em diferentes técnicas de radioterapia pós-operatória para adenocarcionoma endometrioide do endométrio estádio IA, graus histológicos 1 e 2. MéTODOS: Realizou-se uma comparação histórica entre regimes de tratamento, incluindo 133 mulheres com seguimento mínimo de cinco anos. Teleterapia (grupo TELE), com 22 pacientes, de 1988 a 1996, tratadas com acelerador linear 10 MV, dose média de 46,2 Gy. Braquiterapia de baixa taxa de dose (grupo LDRB), realizada entre 1992 e 1995, em 19 mulheres, com uma inserção de Césio 137, dose de 60 Gy. Quatorze mulheres operadas entre 1990 e 1996 não receberam radioterapia (grupo NO RT). Braquiterapia de alta taxa de dose foi realizada em 78 pacientes (grupo BATD), 1996-2004, cinco inserções semanais de 7 Gy, a 0,5 cm do cilindro vaginal. RESULTADOS: A DFS em cinco anos foi de 94,6% para o grupo BATD, 94,1% para o grupo LDRB, 100% para os grupos TELE e RT (p = 0,681). A sobrevida global em cinco anos foi de 86,6% para o grupo BATD, 89,5% para o grupo LDRB e 90% para os grupos TELE e NO RT (p = 0,962). A toxicidade tardia graus 3-5 foi de 5,3% no grupo LDRB e 27,3% para o grupo TELE (p < 0,001). CONCLUSãO: Pacientes submetidos à teleterapia adjuvante apresentaram toxicidade muito elevada, o que contraindica o tratamento para essas pacientes. Pode haver um papel para a BATD adjuvante, mas estudos controlados randomizados são necessários para avaliar seu benefício.

ASSUNTO(S)

neoplasias dos genitais femininos radioterapia adjuvante braquiterapia neoplasias do endométrio

Documentos Relacionados