Radiolários do coniaciano-maastrichtiano do Atlântico Equatorial e Sul : análise bioestratigráfica e paleoecológica

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

Os radiolários do Cretáceo Superior do Atlântico equatorial e sul foram analisados a fim de identificar a fauna taxonomicamente, inferir afinidades faunísticas e estabelecer correlações bioestratigráficas. O método usual para recuperação de microfósseis foi utilizado para processar as 178 amostras do ODP Leg 108, ODP Leg 159 e DSDP Leg 75. Os radiolários foram recuperados em 81 amostras. A má-preservação dos radiolários do ODP Leg 159 impediu a sua utilização nesse trabalho. Associações de radiolários do Coniaciano ao Maastrichtiano foram recuperadas em amostras do ODP Leg 108 Site 661A e DSDP Leg 75 Site 530A. Foram identificadas 24 famílias, 51 gêneros e 86 espécies de radiolários, entre as quais uma espécie nova. No ODP Leg 108-661A foi reconhecida uma Zona de Intervalo Theocampe urna (Coniaciano–Santoniano) e para ambos os poços foram constatadas a Zona de Intervalo Amphipyndax pseudoconulus (Campaniano inferior–médio) e a zona de Amplitude Amphipyndax tylotus (Campaniano superior–Maastrichtiano). A fauna de radiolários do Coniaciano– Santoniano no Atlântico equatorial (ODP Leg 108-661A), bem preservada e diversificada é um dos raros registros de radiolários desse intervalo para o Atlântico equatorial e sul. A riqueza, diversidade e relativamente boa preservação da fauna do Campaniano inferior a médio do Atlântico equatorial (ODP Leg 108-661A), permite inferir águas com alta produtividade orgânica e deposição abaixo da zona de compensação de carbonato de cálcio; a fauna de radiolários menos diversificada registrada no DSDP Leg 75-530A pode estar relacionada à influência do ambiente deposicional, caracterizado por depósitos turbidíticos. As associações de radiolários do Atlântico equatorial e sul foram incluídas na Província de Latitudes Baixas a Médias. Os radiolários que abrangem o intervalo do Coniaciano–Campaniano inferior do Atlântico equatorial (ODP Leg 108-661A) caracterizam provavelmente uma comunidade de profundidade intermediária e uma comunidade de profundidade batialabissal foi inferida para as associações do Campaniano médio a Maastrichtiano.

ASSUNTO(S)

bioestratigrafia radiolarios paleoecologia

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