Radiofrequencia versus lâmina fria em blefaroplastia superior: comparação clinicopatológica e foto documentação

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras.oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

Resumo Objetivo: Este estudo comparou o aspecto da cicatriz e histopatologia da resposta inflamatória induzidas pelo uso de radiofrequência [RF] e incisão fria em blefaroplastia superior. Métodos: Trata-se de um estudo comparativo, prospectivo, duplo-cego, no qual foram selecionados dez pacientes da raça branca do Departamento de Plástica Ocular do Centro Oftalmológico de Minas Gerais, na faixa etária entre 60-70 anos, fototipos 3 e 4 pela classificação Fitzpatrick, que apresentavam dermatocalase com indicação de blefaroplastia superior. Estes pacientes foram submetidos à blefaroplastia superior com a utilização da RF em uma pálpebra (total de 10 pálpebras) e de incisão fria na pálpebra contralateral (total de 10 pálpebras). As duas técnicas foram comparadas quanto ao aspecto clínico da cicatriz e avaliação histopatológica do material excisado (pele de pálpebra superior). Para avaliação do aspecto clínico da cicatriz optamos por dois métodos: a fotodocumentação e análise estatística da avaliação de dois observadores oculoplásticos mascarados que examinaram os pacientes durante todo o período de follow-up baseado na escala de cicatrização de Vancouver que inclui atributos relacionados à vascularização, espessura, pigmentação e elasticidade. O seguimento foi feito com 30, 60 e 180 dias de pós operatório. Após o follow-up, foi realizada análise estatística dos dados através do Teste de Pontos com Sinais de Wilcoxon. Resultados: As pálpebras operadas com bisturi apresentaram tendência a cicatrizes mais grossas (hipertróficas) com diferença estatisticamente significativa apenas para o primeiro mês de cirurgia (p=0.022). Não houve diferença estatisticamente significativa entre vascularização, elasticidade e pigmentação entre as duas técnicas de cirurgia avaliadas. Em relação à avaliação histopatológica, os fragmentos de pele excisados apresentaram o mesmo padrão inflamatório com a exceção do efeito de cautério nas bordas das peles excisadas com RF, que variaram de 0,20-0,30mm de espessura de dano térmico. Conclusão: As duas técnicas não mostraram diferença estatisticamente significativa no aspecto clínico da cicatriz após o sexto mês pós-operatório.

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