Quimiotaxia e defesas químicas na suscetibilidade de algas bentônicas frente à herbivoria

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Biologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2000-08

RESUMO

Estudos recentes demonstram que defesas químicas de algas que inibem o consumo exercido por peixes ou ouriços não inibem herbívoros com pequena mobilidade. As espécies de algas bentônicas Dictyota menstrualis e Dictyota mertensii foram estudadas tendo por objetivo avaliar a atuação de seus extratos brutos nos processos de quimiotaxia e defesa frente aos herbívoros de pequena mobilidade, o anfípodo Parhyale hawaiensis e o caranguejo Pachygrapsus transversus. Os ensaios de preferência alimentar demonstraram que P. hawaiensis não consomem ambas as espécies de Dictyota. Por outro lado, P. transversus também não consomem D. menstrualis, mas se alimentam de grandes quantidades de D. mertensii. Os extratos brutos de ambas as espécies de Dictyota inbiram a herbívoria por estes herbívoros. Além disso, os ensaios demonstraram que os herbívoros apresentaram reação de quimiotaxia negativa, provavelmente devido à presença de metabólitos complementares presentes no alimento artificial. Considerando que ambas as espécies de Dictyota exibem extratos brutos ativos frente a estes herbívoros de pequena mobilidade, supomos que a não-ocorrência em estreita associação com as algas D. menstrualis e D. mertensii pode explicar os resultados obtidos.

ASSUNTO(S)

alga bentônica defesa química quimiotaxia herbivoria

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