QUILOMBOLAS COMO “COLETIVIDADES VERDES”: CONTESTANDO E INCORPORANDO O AMBIENTALISMO NA MATA ATLÂNTICA, BRASIL
AUTOR(ES)
PENNA-FIRME, RODRIGO, BRONDÍZIO, EDUARDO S.
FONTE
Ambient. soc.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-06
RESUMO
Resumo Ao reconstruir os principais eventos que ocorreram nos últimos 50 anos em uma vila caiçara localizada no Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, este artigo aborda a questão da “ambientalidade”, um processo pelo qual populações locais tendem a gradativamente naturalizar mandatos de políticas ambientais, ao protagonizarem o papel de protetores do meio ambiente. Em 2003, uma comunidade foi reconhecida como quilombo, dividindo-se em dois grupos com cerca de 35 famílias cada. Um deles manteve a autodenominação caiçara, enquanto o outro adotou a identidade quilombola. Com base na reconstrução da história da comunidade, observação participante e entrevistas com moradores locais, este artigo argumenta que, ao longo do tempo, as mudanças socioeconômicas, ambientais, institucionais e culturais cumulativas que levaram ao seu reconhecimento como um quilombo têm contribuído para a formação de uma “coletividade verde” entre as famílias quilombolas.
ASSUNTO(S)
ambientalidade. conservação da natureza quilombolas
Documentos Relacionados
- Negros na Mata Atlântica, territórios quilombolas e a conservação da natureza
- Cystoderma, Cystodermella e Ripartitella em Mata Atlântica, São Paulo, Brasil
- Mata Atlântica, paleoterritórios e história ambiental
- Novos registros de Phylloderma stenops Peters na Mata Atlântica, Brasil (Chiroptera, Phyllostomidae)
- Modos reprodutivos e fecundidade de anfíbios anuros em uma taxocenose na Mata Atlântica, Brasil