Queima e aditivos químicos e bacterianos na ensilagem de cana-de-açúcar

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-01

RESUMO

Objetivou-se avaliar o efeito da queima e do uso de aditivos (ureia, benzoato de sódio, hidróxido de sódio (NaOH), Propionibacterium acidipropionici + Lactobacillus plantarum e Lactobacillus buchneri) na ensilagem de cana-de-açúcar. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 (cana-de-açúcar crua e queimada) × 6 (cinco aditivos mais o grupo controle) com três repetições. Determinaram-se as perdas durante o processo fermentativo nas formas de gases e de efluentes e a recuperação de matéria seca (MS). Maior recuperação de MS foi observada nas silagens de cana-de-açúcar queimada (77,3%) em relação às silagens de cana crua (73,1%). As recuperações de MS observadas nas silagens tratadas com NaOH ou L. buchneri foram de 84%, enquanto das silagens controle, 69%. No período após abertura, uma variável importante é a inibição da elevação do pH, nesse caso, medida pela variação do pH. Destacam-se como inibidores da variação do pH o benzoato de sódio e o L. buchneri, que promoveram variação do pH de 0,05 e 0,18 unidade de pH, respectivamente. A ensilagem da cana-de-açúcar sem aditivos, crua ou queimada, é uma estratégia que resulta em grandes perdas quantitativas, que podem ser evitadas pelo uso de aditivos. Entre os aditivos avaliados, o L. buchneri é o que atua de forma mais satisfatória nas fases de fermentação e pós-abertura de silagens de cana-de-açúcar crua ou queimada.

ASSUNTO(S)

estabilidade aeróbia fermentação inoculantes perdas silagem

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