Quedas em idosos: fatores associados em estudo de base populacional

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-09

RESUMO

Objetivo: Identificar fatores associados à ocorrência de quedas em idosos, em estudo de base populacional (ISACamp 2008). Métodos: Trata-se de estudo transversal, com amostra tomada por conglomerados em dois estágios, totalizando 1.520 idosos residentes na área urbana do município de Campinas, São Paulo. Foram analisadas as ocorrências de quedas, relatadas como o principal acidente sofrido nos últimos 12 meses, segundo variáveis socioeconômicas, demográficas e de morbidades. Foram estimadas razões de prevalências (RP) ajustadas para idade e sexo por meio de regressão múltipla de Poisson. Resultados: Foram identificados com maior ocorrência de quedas, após ajuste por idade e sexo, os idosos do sexo feminino (RP = 2,39; intervalo de confiança de 95% (IC95%) 1,47 - 3,87), os mais idosos (80 anos e mais) (RP = 2,50; IC95% 1,61 - 3,88), os viúvos (RP = 1,74; IC95% 1,04 - 2,89) e os idosos que apresentavam reumatismo/artrite/artrose (RP = 1,58; IC95% 1,00 - 2,48), osteoporose (RP = 1,71; IC95% 1,18 - 2,49), asma/bronquite/enfisema (RP = 1,73; IC95% 1,09 - 2,74), dor de cabeça (RP = 1,59; IC95% 1,07 - 2,38), transtorno mental comum (RP = 1,72; IC95% 1,12 - 2,64), tontura (RP = 2,82; IC95% 1,98 - 4,02), insônia (RP = 1,75; IC95% 1,16 - 2,65), uso de muitos medicamentos (cinco ou mais) (RP = 2,50; IC95% 1,12 - 5,56) e uso de bengala/andador (RP = 2,16; IC95% 1,19 - 3,93). Conclusão: Por meio da identificação desses fatores, o presente estudo aponta os segmentos de idosos mais susceptíveis às quedas e, dessa forma, pode contribuir para o planejamento de políticas públicas e programas de saúde voltados à prevenção de quedas e redução de suas consequências.

ASSUNTO(S)

envelhecimento idoso acidentes por quedas inquéritos epidemiológicos estudos transversais fatores de risco

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