QUANDO O PONTO DE CHECAGEM SE TORNA UM CONTRAPONTO: ESTASE COMO DISSIDÊNCIA QUEER

AUTOR(ES)
FONTE

Trab. linguist. apl.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

RESUMO Este artigo nasceu de um sentimento de desconforto com o privilégio concedido ao movimento e à mobilidade nas abordagens críticas das ciências sociais e humanas, incluindo o trabalho crítico sobre a relação entre linguagem, sexualidade e espaço. É nossa opinião neste artigo que a estase pode ser utilizada como uma prática radical de rebeldia, e por isso também pode ser queer. A fim de argumentar que a imobilidade pode ser uma forma de ação social portadora do potencial de forjar uma política radical de dissidência, tomamos como exemplo o ponto de checagem no contexto de Israel/Palestina. Com base na noção de Said (1984, 1994) do contraponto e na teorização de Stroud (2018) de cidadania linguística, ilustramos como o ponto de checagem pode tornar-se um contraponto corporal, discursivo e material que ativa as tensões irreconciliáveis entre utopia e distopia na busca por “uma resistência profunda a regimes do normal” (WARNER, 1993, p. xxvi).

Documentos Relacionados