Quando investigar a presença de cárie oculta?
AUTOR(ES)
Núcleo de Telessaúde Maranhão HU-UFMA
FONTE
Núcleo de Telessaúde Maranhão HU-UFMA
DATA DE PUBLICAÇÃO
12/06/2023
RESUMO
Deve-se investigar a cárie oculta na presença dos seguintes sinais clínicos: opacidade e alterações na pigmentação. Neste contexto, a prevalência é alta em adultos jovens, merecendo atenção especial.
Através dos critérios de classificação do International Caries Detection and Assessment System (ICDAS), dentes que apresentam opacidade e alterações na pigmentação, podem ser categorizados da seguinte forma:
00 – sem alteração na translucidez do esmalte após 5s;
01 – opacidade visível após secagem por 5s;
02 – opacidade visível mesmo na presença de umidade;
03 – desagregação do esmalte, vista na presença de umidade e após secagem prolongada;
04 – esmalte completamente alterado, com sombra da dentina subjacente, indicando fortemente a presença de carie oculta.
Clinicamente, destaca-se que na cárie oculta o esmalte oclusal apresenta aspecto sadio ou minimamente desmineralizado. Sua etiologia não é bem esclarecida e as hipóteses mais aceitas atualmente são: microbiota específica, deficiência estrutural e anatômica do esmalte, aumento na ingestão de flúor, que diminuiria a solubilidade do esmalte e da dentina em meio ácido, tornando o dente mais resistente e retardando o desenvolvimento da lesão em esmalte, pelo conhecido processo de remineralização, podendo ocultar o desenvolvimento da cárie em dentina.
O melhor diagnóstico se dá através da associação de exame clínico e exame radiográfico.
Dentre as técnicas radiográficas utilizadas rotineiramente em odontologia, a radiografia interproximal é considerada o recurso convencional de diagnóstico mais eficaz na identificação da cárie oculta especialmente nas lesões que comprometem a dentina, onde a intervenção operatória é imprescindível.
O aspecto radiográfico da cárie oculta é um pouco diferente da imagem radiolúcida da lesão cariosa já conhecida. Na lesão de cárie oculta o aspecto mais difuso e menos radiolúcido da lesão, torna seu diagnóstico um pouco mais difícil, especialmente se as radiografias forem obtidas com quilovoltagem baixa, o que aumenta o contraste na imagem final. Radiografias que apresentam menor contraste e, portanto, maior número de tons intermediários entre o branco e o preto facilitam a visualização das lesões.A imagem radiográfica mais comum da lesão cariosa é a de lesão já em dentina. As lesões incipientes oclusais são de difícil interpretação, pois há sobreposição das cúspides linguais ou palatinas e vestibulares. Embora a técnica radiográfica mais indicada para determinação das lesões cariosas ocultas seja a interproximal, estas lesões podem ser vistas também em radiografias periapicais e panorâmicas.
Acesso – Agilizar o acesso a consulta odontológica é um importante atributo da atenção básica. O acompanhamento odontológico da comunidade assistida pela
(ESF) faz parte do processo de promoção da saúde bucal das populações, principalmente orientando a correta higienização da cavidade bucal e da língua.
Integralidade – A integralidade do sistema encaminhando os casos que necessitem de tratamento especializado aos Centros de Especialidades Odontológicos –CEOs de cada região.
Coordenação do cuidado – A equipe de saúde deve estar ciente e participar de recomendações que o paciente possa receber de profissionais fora do território de atuação do Centro de Saúde.
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ASSUNTO(S)
saúde bucal dentista d82 doenças dos dentes/gengivas cárie dentária programas de rastreamento
ACESSO AO ARTIGO
https://aps-repo.bvs.br/aps/qual-e-a-radiografia-indicada-que-auxilia-no-diagnostico-da-carie-oculta/Documentos Relacionados
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