Qualidade microbiológica da água e dos mexilhões Perna perna (Linnaeus, 1758) cultivados em Piúma, Espírito Santo, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Eng. Sanit. Ambient.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-02

RESUMO

RESUMO Este estudo objetivou verificar a qualidade microbiológica da água e dos mexilhões cultivados pela Associação dos Maricultores de Piúma (AMPI), Espírito Santo, Brasil. Foram realizadas sete coletas de água e mexilhões, mensalmente, entre outubro de 2016 e maio de 2017. Os mexilhões foram coletados nos long lines da AMPI, e em cada mês foram coletados 40 mexilhões Perna perna e 100 mL de água do local. O material coletado foi destinado ao laboratório para a realização das análises microbiológicas em duplicata, número mais provável de coliformes totais (CT) e termotolerantes (Ctt), presença ou ausência de Salmonella sp e número de unidades formadoras de colônias de Staphylococcus aureus. Os resultados mostraram que o número de Ctt nas amostras de água no mês de janeiro estavam acima do permitido pela Resolução n° 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Já os níveis de Ctt e Staphylococcus aureus na carne dos mexilhões mostraram-se dentro do limite aceitável pela RDC n° 12 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Entretanto, foram encontradas bactérias com características do gênero Salmonella sp nos meses de dezembro e março nos mexilhões, impossibilitando sua comercialização e seu consumo. Durante esses meses, a cidade tem alto fluxo de turistas. Por fim, recomenda-se a realização das análises microbiológicas continuamente, principalmente no período do verão, época que tem grande fluxo de turistas no município de Piúma e que registrou presença de Salmonella na carne dos mexilhões e níveis de Ctt na água acima do permitido pelas legislações vigentes.

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