Qualidade e humanização do atendimento em Medicina Intensiva. Qual a visão dos familiares?
AUTOR(ES)
Wallau, Rodrigo Ambros, Guimarães, Hélio Penna, Falcão, Luiz Fernando dos Reis, Lopes, Renato Delascio, Leal, Patrícia Helena da Rocha, Senna, Ana Paula Resque, Alheira, Rosa Goldstein, Machado, Flávia Ribeiro, Amaral, José Luiz Gomes do
FONTE
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-03
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Este estudo teve por objetivo descrever a avaliação pelos visitantes da qualidade de atendimento prestada em uma unidade de terapia intensiva geral de um hospital universitário de nível terciário. MÉTODO: Foi elaborado um questionário para avaliação da qualidade de atendimento da Unidade de Terapia Intensiva. Foram incluídos familiares de pacientes que se encontravam internados há mais de 48 horas, e que já haviam visitado o paciente uma vez ou mais durante o período. Os critérios de exclusão foram familiares de pacientes internados há menos de 48 h, familiares que não haviam visitado o paciente pelo menos uma vez ou que não desejavam responder ao questionário por quaisquer motivos de ordem pessoal. Os familiares foram entrevistados de maneira pessoal e os entrevistadores não faziam parte da equipe de atendimento do paciente. RESULTADOS: Foram entrevistados 100 familiares; a queixa mais freqüente e que, portanto gerou maior incômodo pela internação na UTI, referiu-se ao estado geral do paciente em 28% das entrevistas. Um total de 96% considerou a qualidade da equipe médica como ótima ou boa. No entanto, 15% declararam insatisfeitos com as informações médicas prestadas e outros 5%, apesar de afirmar satisfação, reclamaram por ter de conversar com diferentes médicos (plantonistas) a cada dia. CONCLUSÕES: Falhas na comunicação surgiram como principal fator apontado para a qualidade insatisfatória do serviço pela visão do familiar. Embora não se possa comparar o grau de satisfação entre trabalhos distintos publicados, devido a diferenças nos métodos, considera-se que na casuística apresentada, o reconhecimento dos mais freqüentes fatores de descontentamento ou crítica, pode apontar melhorias na qualidade do atendimento prestado.
ASSUNTO(S)
humanização qualidade em medicina intensiva satisfação em medicina intensiva
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