Qualidade de vida profissional em assistentes sociais da cidade de Campo Grande-MS

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Introdução- Os profissionais que desempenham funções de ajuda ou de auxílio, estão mais suscetíveis à repercussões deletérias em sua saúde física e ou mental e também em sua Qualidade de Vida Geral e no Trabalho (QVT). Objetivo- Avaliar a Qualidade de Vida Profissional (QVP) de uma amostra representativa de Assistentes Sociais do município de Campo Grande-MS. Casuística e Método- Realizou-se um estudo exploratório-descritivo de corte transversal, em 34 instituições públicas e privadas, na cidade de Campo Grande-MS. De uma população de N=369 Assistentes Sociais da cidade de Campo Grande-MS, foi estudada uma amostra aleatória e voluntária de n=79 participantes (todas mulheres), no período de janeiro a março de 2006. A aplicação dos instrumentos foi realizada nos diferentes locais de trabalho, para coleta dos dados sócio-demográficos e ocupacionais, sendo aplicado o Questionário de Qualidade de Vida Profissional (QVP-35). Resultados- A maior parte das participantes do estudo encontra-se na faixa média de idade de 42 anos, são casadas com até 2 filhos (41%), têm tempo médio de formação de 16 anos, de serviço 13 anos e carga horária semanal de trabalho de 35,7 horas. Houve um predomínio de participantes que cursaram especialização (61%); a maioria (78%) desempenha atividade administrativa com dedicação exclusiva (89%), porém não em funções de chefia (74,7%). Referem ter muita QVT, percebem pouco Apoio Organizacional (AO) e muita Carga de Trabalho (CT). Percebem ter bastante: Capacitação para Realização do Trabalho (CRT), Motivação Intrínseca (MI), Recursos Relacionados ao Trabalho (RRT), muito Apoio Social (AS) e pouco Desconforto Relacionado ao Trabalho (DRT). Conclusão- As participantes da investigação percebem ter muita QVT, embora refiram ter muita Carga de Trabalho; demonstram muita Capacitação para o Trabalho e pouco Apoio Organizacional. Uma alta Motivação Intrínseca e Capacitação para o Trabalho parecem funcionar como fatores de compensação para que as Assistentes Sociais lidem e enfrentem estas variáveis de risco para o estresse ocupacional. Nota-se a necessidade de sensibilizar as organizações, bem como fornecer à estas profissionais formação específica em estratégias de gestão, para uma participação efetiva das mesmas junto às organizações nas quais trabalham e que possibilite melhorias quanto ao nível de Apoio Organizacional percebido. A médio e longo prazo, estas deficiências, se não supridas, podem levar a estas profissionais, frustração com a profissão e a outros desgastes, sobretudo de ordem psicossocial.

ASSUNTO(S)

qvp-35. qualidade de vida profissional qvp-35. quality of professional life psicologia assistente social qualidade de vida; comportamento social; quality of professional life questionnaire assistentes sociais social workers

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