Qualidade de vida, eficiência mastigatória e presença de disfunção temporomandibular em usuários de prótese parcial removível com arco dental curto inferior

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/08/2011

RESUMO

Existe ainda hoje no Brasil um grande número de desdentados e uma precária condição financeira da maior parte da população. Além disso, existe uma meta preconizada pela Organização Mundial de Saúde para saúde bucal, que consiste na manutenção de uma dentição natural, funcional e estética composta de, pelo menos, 20 dentes, sem que haja necessidade de uma intervenção protética ao longo da vida. A partir disso e da escassez de estudos sobre a permanência destes espaços edêntulos na cavidade bucal e ainda, buscandose evitar sobretratamentos, esta pesquisa foi proposta. Desta forma, objetivou-se avaliar o efeito da variação do encurtamento do arco dental inferior na presença ou ausência de prótese parcial removível (PPR) sobre a função mastigatória, qualidade de vida e presença ou não de disfunção temporomandibular. Com este intuito comparou-se a eficiência mastigatória (teste colorimétrico), o conforto oral através do impacto das condições bucais na qualidade de vida (OHIP-14), a presença de disfunção temporomandibular (RDC/TMD) e qualidade de vida geral (WHOQOL) de pacientes com arco dental curto (ADC) (n=60), ou seja suporte posterior reduzido e ainda a um grupo de indivíduos com arco dental completo (AD Completo) (n = 34). O grupo de pacientes que apresentava ADC foi subdividido entre usuários de PPR (ADC +PPR) (n=17) e não usuários (n=43). A população foi constituída por pacientes que recebem tratamento nas clínicas do Departamento de Odontologia da UFRN ou que estão em busca do mesmo, a partir de análise de prontuários e triagem prévia. A amostra foi por conveniência. Para a análise estatística, fez-se um banco de dados no SPSS 17.0, seguida da análise descritiva com freqüências, valores absolutos, testes de medidas de tendência central e variabilidade. Os testes estatísticos utilizados foram o qui quadrado e análise de variância seguido do pós teste de Tukey quando aplicável, tudo com nível de confiança de 95%. Com os resultados observou-se que a prevalência de DTM foi de 47,1% entre os pacientes que utilizavam PPR e 69,8% entre os que não utilizavam, mas isto não foi estatisticamente significante. Quanto às médias dos resultados da eficiência mastigatória, WHOQOL e OHIP não houve associação com a presença ou ausência de PPR inferior e nem com o número de unidades oclusais dos pacientes (0, 1, 2 ou mais unidades oclusais). A associação só ocorreu entre o grupo AD Completo e os subgrupos de ADC. Levando-se em consideração os resultados pode-se observar que pacientes com suporte posterior bastante reduzido que utilizam PPR inferior não possuem melhor eficiência mastigatória, qualidade de vida geral, nem as condições bucais impactam menos na sua qualidade de vida, nem apresentam menos DTM e nem possuem uma melhor eficiência mastigatória quando comparáveis aos pacientes que não utilizam PPR com as mesmas condições bucais

ASSUNTO(S)

mastigação qualidade de vida. saúde bucal. transtornos da articulação temporomandibular odontologia mastication quality of life oral health temporomandibular joint disorders

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