Qualidade de vida dos contabilistas de Campo Grande, MS

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Introdução: O tema Qualidade de Vida (QV) vem sendo amplamente estudado por diversos ramos da ciência por causa de sua importância como preditor de saúde. Objetivo: o presente estudo objetivou avaliar a QV dos contabilistas de Campo Grande, MS. Método: utilizou-se o método epidemiológico e de corte transversal, com uma amostra composta de 209 participantes, sendo 125 contadores e 84 técnicos em contabilidade. Foi utilizado um questionário sociodemográfico elaborado pelo pesquisador e o questionário de Qualidade de Vida SF-36 The Medical Outcomes Study 36-Item Short Health Survey. Utilizou para a análise estatística, o software MINITAB para Windows versão 14.2. Foi realizada uma análise descritiva dos dados. Nas inferências estatísticas foram utilizados os testes t-student, análise de variância e de correlação de Pearson, sendo todos eles aplicados com 95% de confiabilidade. Resultados: verificou-se que a maioria dos participantes era do sexo masculino (52,6%); a maioria, casados (61,1%); dos participantes (60,4%) são contadores e 39,6% técnicos em contabilidade; a maioria trabalha até 8 horas diárias (56,8%); 50,8% atuam como empregados; 94,6% estão satisfeitos com a profissão; somente 19,2% exerce outra atividade profissional. A idade média dos participantes foi de 40 anos; média de 13 anos de tempo de formado e a renda média R$ 3.253,00. A melhor média geral de QV foi capacidade funcional, com escore médio: contadores (85,80) e técnicos em contabilidade (81,59), e a pior foi vitalidade, contadores (65,28) e técnicos em contabilidade (64,94). Houve diferença significativa entre a variável estado civil e o domínio capacidade funcional (p=0,025), na qual a variável casados apresentou média inferior às demais. Quanto à atuação profissional constatou-se que os domínios aspectos físicos e estado geral de saúde foram significativamente diferentes entre si, apresentando p=0,009 e 0,018, respectivamente, cujos profissionais autônomos obtiveram escores menores que os outros grupos nos dois domínios, com médias 66,45 e 70,24, respectivamente. Na satisfação profissional foi verificada diferença estatisticamente significativa em relação aos domínios aspectos físicos, vitalidade, aspecto emocional e saúde mental, com p=0,001 e 0,009, menor que 0,001 e 0,016, respectivamente. Constatou-se que houve correlação estatisticamente significativa entre a variável idade e o domínio capacidade funcional, com p=0,040 e coeficiente de correlação -0,142, apontando que quanto maior a idade, os participantes tendem a possuir um menor escore no citado domínio. Foi evidenciado que existe correlação linear da variável tempo de formado em relação ao domínio capacidade funcional, apresentando p=0,009 e coeficiente de correlação de -0,181. Esse resultado indica que o participante com maior tempo de formado apresenta menor escore no domínio acima correlacionado. A variável renda apresentou correlação linear significativa em relação ao domínio capacidade funcional, sendo p=0,031 e coeficiente negativo -0,150, significando que quanto maior a renda do participante, menor o escore do citado domínio. Conclusão: o estudo mostrou bons resultados de QV, principalmente em relação ao domínio capacidade funcional, indicando uma boa performance produtiva dessa categoria profissional, mas também apresentou resultados preocupantes referindo-se ao domínio vitalidade, que foi o pior escore de QV, resultado que pode interferir negativamente na QV desses profissionais.

ASSUNTO(S)

qualidade de vida contadores -. campo grande, ms; qualidade de vida contabilistas psicologia quality of life accountants

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