Qualidade de vida de sobreviventes de sepse grave após alta hospitalar: avaliação pelo EQ-5D

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/09/2011

RESUMO

Sepse adquiriu uma grande importância epidemiológica em função do aumento da incidência na última década. Resultados a longo prazo ainda são especificamente desconhecidos. A sepse continua a aumentar aproximadamente 1,5% a cada ano, com taxas de mortalidade decorrentes de sepse cada vez mais elevadas em todo o mundo. O objetivo deste estudo caso-controle aninhado foi avaliar a qualidade de vida de pacientes sobreviventes de sepse grave, usando os instrumentos de avaliação EuroQol-5 Dimensions (EQ-5D) e Visual Analogue Scale (EQ-VAS). Metodos: Este estudo caso-controle aninhado foi realizado em pacientes que receberam alta de um hospital de ensino, após admissão na UTI com sepse grave. A partir dos registros de sepse contendo 349 pacientes, aqueles que sobreviveram e receberam alta hospitalar foram identificados. Cada paciente com sepse foi considerado como um caso e o paciente admitido imediatamente após a seleção foi relacionado como um caso controle, desde que não tivessem sepse e sobrevivessem à admissão na UTI. Cinquenta pacientes de cada grupo foram registrados para participarem do estudo. Resultados: Um total de 100 pacientes foi incluído no estudo. Os pacientes no grupo sepse tiveram uma mortalidade mais elevada em 1 ano (36,5%) comparados com pacientes críticos, porém, sem sepse no grupo controle (19,7%) (RR 1,85; 1,07-3,19; p<0,05). A média de idade dos sobreviventes, na hospitalização, foi de 51,3 anos no grupo sepse e 52,2 no grupo controle. O índice EQ-5D do grupo sepse é 0,678 0,427 e do grupo controle é 0,747 0,327; (p=0,66). Pacientes mais velhos (>60 anos de idade) no grupo sepse tiveram uma prevalência significativamente maior de problemas de moderados a graves (níveis 2 e 3) em todas as dimensões. Não houve diferenças no EQ-VAS (79,7 21,1 no grupo sepse; 72,7 26,2, grupo controle; (p=0,19)) entre os respondentes de ambos os grupos. Um valor mediano de 60 foi obtido para pacientes sépticos com idade acima de 60 anos, em comparação ao valor mediano de 88 obtido para pacientes no grupo controle (p=0,09). Conclusão: Após receberem alta da UTI, os pacientes que sobreviveram à sepse tiveram uma taxa de mortalidade mais elevada do que os pacientes críticos sem a doença. Pacientes idosos com sepse tiveram problemas variando de moderado a grave em todas as cinco dimensões avaliadas para qualidade de vida.

ASSUNTO(S)

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