Qualidade de vida de pessoas com obesidade leve e moderada no município de Bandeirantes, MS

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Realizou-se um estudo epidemiológico, de corte transversal e comparativo. Houve um grupo-controle para se avaliar a prevalência da obesidade e a qualidade de vida (QV) relacionada à saúde de pessoas adultas obesas, com índice de massa corporal (IMC= peso em quilos dividido pela altura ao quadrado) entre 30 e 40 kg/m2, residentes na zona urbana do município de Bandeirantes, Mato Grosso do Sul. Foram realizadas 222 visitas domiciliares nos meses de junho e julho de 2004 e 345 indivíduos foram pesados e medidos, obtendo-se, então, uma amostra de 55 obesos e o grupo-controle com 50 não obesos. Obteve-se uma prevalência de 17% de obesidade leve e moderada nesse município, sendo, significativamente (p=0.02), maior entre as mulheres (21,7%) do que entre os homens (11,8%), com predominância em indivíduos acima de 30 anos. O possível sedentarismo após o casamento não se mostrou associado à obesidade, assim como ao grau de escolaridade. Porém, a proporção de existência de doenças foi maior entre os obesos (34,5%) que os não obesos (14,0%), além disso, houve relação positiva entre a ausência de atividade física regular e a obesidade. Aplicou-se o instrumento genérico, traduzido e validado no Brasil, The Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey - SF-36, em ambos os grupos para comparar a QV segundo os oito componentes do questionário e verificar uma possível correlação entre a obesidade e algumas variáveis independentes (sexo, idade, escolaridade, estado civil, hipertensão arterial, diabetes, depressão, medicação utilizada, meio de transporte e atividade física). O ponto de corte foi 50. A distribuição da pontuação apresentada em cada domínio dos obesos e dos não obesos foi respectivamente: Capacidade Funcional, 78.4 e 84.6; Aspecto Físico, 76.3 e 77.5; Dor, 22.9 e 25.8; Estado Geral de Saúde, 53.9 e 47.0; Vitalidade, 52.2 e 53.7; Aspecto Social, 47.5 e 43.2; Aspecto Emocional, 72.7 e 70.6; Saúde Mental, 55.3 e 59.6. Na análise linear da QV percebida, apenas houve diferença no Estado Geral de Saúde, no qual os obesos apresentaram uma pontuação superior a dos não obesos. Concluiu-se que a QV dos obesos, em geral, não diferiu dos não obesos, apresentando bons resultados no questionário, com exceção do aspecto que se refere à Dor.

ASSUNTO(S)

obesidade psicologia prevalence. prevalência. quality of life obesity qualidade de vida

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