Qual o valor da sedimentoscopia em urinas com características físico-químicas normais?
AUTOR(ES)
Costaval, José Aloysio da, Massote, Antônio de Pádua, Cerqueira, Cláudio Manoel Macedo, Costaval, Adriane Pimenta da, Auler, Athos, Martins, Gilberto José
FONTE
Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001
RESUMO
O valor da sedimentoscopia em amostras de urina com exame físico-químico normal é questionado na literatura médica estrangeira, sendo que muitos pesquisadores a julgam desnecessária. Procurando contribuir para a elucidação desta dúvida e levando-se em conta que a maioria dos laboratórios brasileiros sempre executa o exame completo, foi analisada uma amostragem de uma clientela essencialmente ambulatorial, cujas requisições não permitiam determinar se havia finalidade diagnóstica. Fez-se um estudo de 10.234 amostras, que foram submetidas ao exame de rotina, sendo que 5.000 apresentaram exames físico-químicos normais. Destas foi feita uma avaliação dos achados da microscopia do sedimento que pudessem ser considerados possivelmente relevantes clinicamente. Entre esses achados, os de maior incidência foram: cilindros (29 exames - 0,58%) e piócitos em número igual ou superior a cinco por campo (26 exames - 0,52%). Todos os demais parâmetros foram encontrados em números iguais ou inferiores a 0,4%. Um percentual de 98,02 destas amostras não revelou anormalidade à microscopia. A análise estatística pelo método do X² (p < 0,01) sugere que não há necessidade da execução da sedimentoscopia nas urinas sem anormalidades no exame físico-químico, o que representaria uma redução de 48,85% dos sedimentos examinados. Desta forma se obteria uma sensível economia de tempo e de gastos, sem nenhum prejuízo para o paciente.
ASSUNTO(S)
sedimentoscopia custos urinálise tira reagente
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