Quais os cuidados gerais para paciente com DM2 em insulinoterapia? Como monitorar?
AUTOR(ES)
Núcleo de Telessaúde Minas Gerais - NUTEL
FONTE
Núcleo de Telessaúde Minas Gerais - NUTEL
DATA DE PUBLICAÇÃO
12/06/2023
RESUMO
Todo paciente em uso de insulina necessita de automonitorização frequente da glicemia capilar, pelo menos nas primeiras semanas, para ajuste de dose.
Se possível for, realizar glicemias capilares 3x /dia seria o ideal, pelo menos por uma semana, em horário alternados (alternar sempre a glicemia de jejum com dois desses outros horários: antes do almoço, 2 horas após o almoço, antes do jantar, duas horas após o jantar, antes de dormir); com estes dados pode-se fazer um ajuste mais preciso das doses de NPH e muito provavelmente inserir a insulina Regular pré refeições, após avaliar as glicemias capilares ao longo de uma semana.
De modo a alcançar o objetivo de HbA1C, as metas de glicose abaixo são normalmente necessárias:
Além dessas 3 medidas, oriente ao paciente sobre os sinais e sintomas da hipoglicemia e a sempre medir a anotar a glicemia quando os tiver, antes de ingerir algum alimento para aliviar essa hipoglicemia. Isso porque, muitas vezes, pacientes com hiperglicemias crônicas, “acostumam” com níveis altos de glicemia, e quando os níveis caem para o NORMAL, sentem sintomas. A persistência de níveis muito altos de glicemiasnesses pacientes diminui o número de receptores de glicose – GLUT4 – (down regulation), pela alta oferta. Então, quando os níveis de glicemia normalizam, o número de receptores ainda está baixo, e, mesmo com glicemia normal, pode “faltar” glicose no interior das células e aparecerem os sintomas. Isso só é corrigido, quando os níveis de receptores normalizam novamente, restaurando a razão receptor/glicemia.
Ainda sobre as hipoglicemias, aconselhe a ingestão de frutas durante as crises, deixando o uso de “doces” e idas ao pronto atendimento para os casos mais graves.
Quanto à aplicação da insulina, encaminhe o paciente ao profissional de enfermagem para orientações sobre a aplicação correta e confira posteriormente como o paciente está aplicando. Lembrar que a insulina de frasco não deve ser utilizada após 30 dias de aberta.
Quando em uso concomitante de insulina regular e NPH em algum horário, reforçar que se deve sempre aspirar a Regular primeiro (caso contrário, “contamina” a Regular com a NPH e essa perde seu efeito “rápido”).
Orientar a correta aplicação das injeções e rotatividade das áreas infiltradas.
Por fim, não abster dos cuidados gerais e rotineiros do paciente diabético, como a observação do “pé diabético” e exames laboratoriais periódicos, utilizando-se para isso da integralidade do cuidado, que é um dos princípios do SUS.
ASSUNTO(S)
cuidados primários de saúde médico t89 diabetes insulinodependente diabetes mellitus tipo 2 insulina d - opinião desprovida de avaliação crítica/baseada em consensos/estudos fisiológicos/modelos animais
ACESSO AO ARTIGO
https://aps-repo.bvs.br/aps/quais-os-cuidados-gerais-para-o-paciente-com-dm2-em-insulinoterapia-como-monitoriza-lo/Documentos Relacionados
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