Quais medidas devem ser tomadas em casos de mordedura por rato?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde Sergipe

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

Nestes casos, é imprescindível a limpeza do ferimento com água corrente abundante ou solução salina estéril, e sabão ou outro detergente, pois essa conduta diminui o risco de infecção secundária da área ferida. Deve ser realizada o mais rapidamente possível após a agressão e repetida na unidade de saúde, independentemente do tempo transcorrido. A limpeza deve ser cuidadosa, visando eliminar as sujidades e retirar todo o tecido que se encontre desvitalizado, sem agravar o ferimento (1, 5).

Ainda se deve proceder à profilaxia do tétano segundo o esquema preconizado (caso não seja vacinado ou com esquema vacinal incompleto) e uso de antibióticos nos casos indicados, após avaliação médica (1,3,4).

Os “ratos” (ratazana de esgoto, rato de telhado, camundongo, porquinho-da-índia, hamster) e coelhos são considerados como de baixo risco para a transmissão da raiva e, por isso, não é necessário indicar esquema profilático para raiva em caso de acidentes causados por eles (1,2).

As mordeduras produzidas pelas várias espécies de animais podem infectar-se. Geralmente, a flora das mordeduras reflete a flora oral do animal que morde (3). Os pequenos roedores, como ratos e camundongos, e também os animais que são seus predadores, podem transmitir dois tipos de bactérias:

ou

, que causam uma doença clínica conhecida como febre da mordedura do rato (3).

Esta doença é distinguida da infecção aguda das mordeduras por manifestar-se após a cura da lesão inicial. A doença causada pelo

tem um período de incubação de 3 a 10 dias. Febre, calafrios, náuseas e vômitos, dores musculares, dor de cabeça e dores na articulações são habitualmente seguidos de um exantema maculopapular (manchas vermelhas no corpo) que caracteristicamente envolve as palmas das mãos e as solas dos pés, e pode tornar-se confluente. Podem ocorrer complicações em vários órgãos, secundariamente, como endocardite e miocardite (inflamação nos tecidos do coração), meningite, pneumonia e abscessos disseminados (3).

A infecção por

(conhecida no Japão como “sodoku”) causa dor e tumefação violácea no local da mordida inicial, com linfadenopatia (aumento de gânglios) regional associada, após um período de incubação de 1 a 4 semanas. A doença sistêmica provoca febre, calafrios e dor de cabeça. A lesão original pode eventualmente progredir para uma úlcera (3).

O diagnóstico é feito através da história clínica e exames laboratoriais/microbiológicos. O tratamento baseia-se em antibioticoterapia.

ASSUNTO(S)

cuidados primários de saúde agente comunitário de saúde a45 educação em saúde/aconselhamento/dieta febre por mordedura de rato mordeduras e picadas ratos d - opinião desprovida de avaliação crítica/baseada em consensos/estudos fisiológicos/modelos animais

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