Quais as contra-indicações da utilização de anti-concepcional injetável para adolescentes com deficiência mental?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde Rio Grande do Sul

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

Os anticoncepcionais hormonais injetáveis são os mais recomendáveis para adolescentes com retardo mental em risco de engravidar

. O acetato de medroxiprogesterona (DMPA) e a combinação enantato de noretisterona e valerato de estradiol, disponíveis no SUS3, estão, para adolescentes, na categoria 2 de recomendação entre os contraceptivos, ou seja, uma condição em que as vantagens superam os riscos teóricos ou comprovados

. As contraindicações incluem câncer de mama, cirrose severa, nefropatia, retinopatia, neuropatia, doenças vasculares, pressão sanguínea sistólica igual ou acima de 160 e diastólica acima de 100, presença de isquemia cardíaca, tumor hepático benigno ou maligno, riscos múltiplos de condições cardiovasculares ateroscleróticas, lúpus com a síndrome do anticorpo fosfolipídio e/ou trombocitopenia severa, presença de trombose venosa profunda ou derrame/AVC

. Os anticoncepcionais hormonais injetáveis são os mais recomendáveis para adolescentes com retardo mental em risco de engravidar

. O acetato de medroxiprogesterona (DMPA) e a combinação enantato de noretisterona e valerato de estradiol, disponíveis no SUS

, estão, para adolescentes, na categoria 2 de recomendação entre os contraceptivos, ou seja, uma condição em que as vantagens superam os riscos teóricos ou comprovados

. As contraindicações incluem câncer de mama, cirrose severa, nefropatia, retinopatia, neuropatia, doenças vasculares, pressão sanguínea sistólica igual ou acima de 160 e diastólica acima de 100, presença de isquemia cardíaca, tumor hepático benigno ou maligno, riscos múltiplos de condições cardiovasculares ateroscleróticas, lúpus com a síndrome do anticorpo fosfolipídio e/ou trombocitopenia severa, presença de trombose venosa profunda ou derrame/AVC

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Existem dois tipos de anticoncepcionais injetáveis, o mensal e o trimestral. Ambos são feitos de hormônios similares aos das mulheres. A primeira injeção deve ser feita a qualquer tempo desde que a paciente não esteja grávida, nos sete primeiros dias de início do sangramento, ou após, se houve abstinência sexual ou uso de outro método contraceptivo, pós-parto ou uso imediato trimestral para permitir aleitamento materno e imediato após aborto

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A formulação dos injetáveis mensais é semelhante à encontrada na pílula anticoncepcional oral combinada, contendo estrogênio natural associado ao progestagênio. O Enantato de Noretisterona 50 mg + Valerato de Estradiol 5 mg, disponível no SUS, inibe a ovulação e torna o muco cervical espesso. Por utilizarem estrogênio natural e não sintético, apresentam poucos efeitos comuns aos orais, como aqueles sobre a pressão arterial, homeostase e coagulação, metabolismo lipídico e função hepática. O retorno da fertilidade ocorre, em média, um mês a mais que na maioria dos outros métodos hormonais mensais. É uma boa opção para adolescentes que não tenham a disciplina da tomada diária da pílula ou apresentem intolerância gástrica com a via oral

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Dentre os anticoncepcionais injetáveis trimestrais, o mais comum é o acetato de medroxiprogesterona que provoca espessamento do muco cervical, altera o endométrio e inibe a ovulação. Disponível pelo SUS, é indicado para usuárias de drogas antiepilépticas e em diabéticas sem doença vascular. Pode causar aumento de peso (de 2kg a 3 kg), mastalgia, depressão, alterações no fluxo menstrual, amenorreia e atraso no retorno da fertilidade em até um ano após sua descontinuidade. Há evidências de diminuição da densidade mineral óssea ao longo do tempo de uso em adolescentes e prejudicar a aquisição de massa óssea naquelas que ainda não atingiram seu o pico de ganho ósseo. Ainda não há conclusão definitiva sobre os efeitos sobre o futuro ósseo: para pacientes maiores de 18 anos, não há restrição para sua prescrição; para pacientes entre a menarca e 18 anos, seu uso continuado depende de avaliação individual de riscos e benefícios. O retorno da fertilidade pode demorar quatro meses após o término do efeito da injeção

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1. World Health Organization (WHO). Selected practice recommendations for contraceptive use – 3rd ed. Geneva, Switzerland: WHO; ISBN 9789241565400. 2016:72p. Disponível em

2. World Health Organization (WHO). Medical eligibility criteria for contraceptive use, 5th ed. Geneva, Switzerland: WHO; ISBN 9789241549158 2015:276p. Disponível em

3. Brasil.  Universidade Aberta do SUS – UNASUS [internet]. Conheça mais sobre os métodos contraceptivos distribuídos gratuitamente no SUS. Blog da Saúde. [Acesso em 02 fev 2022]. 2015. Disponível em:

4. Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP. Anticoncepção na Adolescência. Guia Prático de Atualização. Departamento Científico de Adolescência. [Acesso em 02 de fevereiro 2022].  2018(7):1-16. Disponível em:

5. Finotti M. Manual de anticoncepção. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); ISBN: 9788564319240. 2015:143p. Disponível em:

ASSUNTO(S)

saúde mental enfermeiro w14 contracepção/outros anticoncepção imunológica pessoas com deficiência mental

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