Quais as causas e tratamento para disfagia esofágica?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde Espírito Santo

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

São várias as causas de disfagia, mas as mais relevantes estão associadas a problemas do esofago e quanto ao manejo, sempre tentar identificar e tratar causa(s) subjacente(s).

A disfagia esofágica pode ser mecânica, (devido ao estreitamento anatômico do lúmen esofágico) ou funcional, (devido a função motora desordenada no esôfago). As medidas não específicas recomendadas para todos os pacientes afetados por disfagia incluem:

►Mastigar corretamente os alimentos;

►Manter postura ereta enquanto come;

►Evitar refeições apressadas.

Com relação ao tratamento medicamentoso, a domperidona e a metoclopramida, são um procinético,

age como antagonista do receptor da dopamina D2. Dentro do trato gastrointestinal, a ativação dos receptores de dopamina inibe a estimulação do músculo liso colinérgico; Acredita-se que o bloqueio desse efeito seja o principal mecanismo de ação desses agentes. Eles aumentam a amplitude peristáltica do esôfago, aumentam a pressão do esfíncter esofágico inferior e aumentam o esvaziamento gástrico, mas não têm efeito sobre o movimento do intestino delgado ou do cólon. A domperidona também bloqueia os receptores D2 da dopamina na zona de gatilho quimiorreceptora da medula (área postrema), resultando em potente ação anti náusea e antiemética,

e possui efeitos centrais quando comparada com a metoclopramida.

Acrescentamos que a domperidona é disponível nos EUA como novo medicamento de investigação pela Food and Drug Administration (FDA), receitada mediante protocolo específico, portanto não é liberada para prescrição livre como no Brasil.

A posologia adequada seria de 10 mg 20 a 30 minutos antes das refeições, três vezes ao dia. Apesar de não ter evidências consistentes, aparentemente a Domperidona é bem tolerada em uso prolongado, mas recomenda-se usar a dose efetiva mais baixa pelo menor tempo necessário, até se identificar a causa da disfagia.

Integralidade do cuidado: Nem sempre a primeira escolha medicamentosa é a melhor escolha para uma determinada pessoa. Por isso o conceito de clínica centrada na pessoa deve ser incorporado à prática das equipes de APS.

Sugerimos ainda a leitura do artigo de alerta sobre uso de domperidona emitido em 01 de setembro de 2014 pela European Medicine Agency. Disponivel em português em:

Telessaude Rio Grande do Sul. BVS APS.  Segunda opinião formativa – SOF n. 5300 [internet]. 17 mai 2011. Acesso em 12 set 2017. Disponível em:

1. DynaMed [Internet]. Ipswich (MA): EBSCO Information Services. 1995 – Registo No. 906517, dysphagia ; [atualizado 2017 mar 21, citado em 2018 Jan 17]. Disponível em:

2.Magalhães P V S, Bastos TR, Appolinário JCB, Bacaltchuk J, Mota Neto JIS. Revisão sistemática e metanálise do uso de procinéticos no refluxo gastroesofágico e na doença do refluxo gastroesofágico em Pediatria. Rev. paul. pediatr.  [Internet]. 2009  Sep;  27( 3 ): 236-242. Available from:

.

3. McQuaid KR. Drugs Used in the Treatment of Gastrointestinal Diseases. In: Katzung BG, Trevor AJ. eds. Basic & Clinical Pharmacology 12e [internet], New York, NY: McGraw-Hill; 2015. Disponível em:

4.Fass R. Approach to the evaluation of dysphagia in adults [internet]. Revisão de literatura: Dez 2017;  Disponível em:

ASSUNTO(S)

sinais e sintomas médico d21 problemas de deglutição domperidona metoclopramida transtornos da motilidade esofágica

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