Purification and properties of hemagglutinin from a variety of Brazilian bean Phaseolus vulgaris, L / Purificação e propriedades de hemaglutininas de uma variedade brasileira de feijão Phaseolus vulgaris, L
AUTOR(ES)
Roberto Gonçalves Junqueira
DATA DE PUBLICAÇÃO
1979
RESUMO
Foi realizado um estudo inicial de extração, fracionamento e recuperação das proteínas e da atividade hemaglutinante de sementes de feijão Rosinha G2 (Phaseolus vulgaris). O extrato bruto foi obtido em NaCl O,5M, e as proteínas foram fracionadas por diferença de solubilidade em meios de baixa força iônica, após diálise por 36 horas contra água destilada. A atividade mostrou maior tendência em concentrar-se na fração solúvel (ALB), contudo, uma atividade específica hemaglutinante quatro vezes menor foi detectada na fração insolúvel (GLB). Eletroforeticamente, estas frações não se mostraram completamente distintas e quando foram fracionadas pelo tamanho molecular de seus constituintes, por cromatografia em SephadexG-200, a atividade hemaglutinante apresentou-se, aproximadamente, em uma mesma faixa de peso molecular.A hemaglutinina do feijão Rosinha G2 foi purificada por uma sequência de etapas envolvendo cromatografia de afinidade em ConA-Sepharose e cromatografia em gel de Sephadex G-200. A análise eletroforética, em géis de poliacrilamida, a pH 8,4, da preparação obtida na primeira etapa da purificação, componente CII-Af, indicou que a atividade hemaglutinante é devida à presença de, pelo menos três grupos de glicoproteínas. A preparação obtida na última etapa de purificação, componente CII-S, apresentou-se corno urna banda larga e densa, sendo o perfil interpretado corno um fenômeno de agregação entre os constituintes da preparação hemaglutinante final. Quando este material foi analisado por eletrofocalização em gel de polia crilamida revelou que a atividade hemaglutinante é devida ao componente de ponto isoelétrico na faixa de pH de 5,5 - 5,7, sendo contaminado, principalmente, por um componente de ponto isoelétrico em pH = 4,7, que não apresentou atividade hemaglutinante. Foi observado que os eritr5citos bovinos, tripsinizados, quando tratados com soluções de hemaglutinina, mostravam afinidade por superfícies de acetato de celulose. Esta afinidade foi interpretada como interações inespecíficas, devidas a forças de natureza polar, que foram também responsabilizadas pela agregação observada no componente CII-S. A hemaglutinina purificada, CII-S, teve sua composição de aminoácidos determinada, revelando-se deficiente em aminoácidos sulfurados (traços) mas rica em ácido aspártico (11,64%) e serina (7,66%). Revelou-se uma glicoproteína, contendo 8,30% de açúcares neutros e 2,21% de glicosamina. Por cromatografia em gel, a hemaglutinina apresentou um raio molecular de Stokes de 43 A e um peso molecular de 136.000, O raio molecular foi utilizado para o cálculo de sua constante de difusão, 5,0 cm2.s-1. Por ultracentrifugação em gradiente de densidade, foi determinado seu coeficiente de sedimentação, 6,9S e calculou-se seu volume específico parcial, 0,75 ml.g-l, pela equação de Svedberg, para uma diluição infinita. Estes dados foram utilizados para estimar-se o comportamento hidrodinâmico da hemaglutinina, pela determinação de seu quociente friccional, f/f= 1,3. Este valor indica que a proteína pode assumir combinações de hidratação e as simetria dentro dos seguintes limites: 0,9g de água por grama de proteína e a/b = 6, se o modelo de um elips5ide prolato for escolhido. As propriedades químicas e físico-químicas, determinadas para a hemaglutinina do feijão Rosinha G2, mostraram que é semelhante em muitos aspectos fundamentais a outras hemaglutininas purificadas, de diferentes variedades de Phaseolus vulgaris
ASSUNTO(S)
hemaglutinina beans hemagglutinin feijão - brasil
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000053134Documentos Relacionados
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