Psicologia Organizacional e Educação Profissional: os limites da aprendizagem para a emancipação na sociedade administrada / Organizational psychology and professional education: the limtis of learning to emocipation in administrated society

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/08/2010

RESUMO

As transformações no mundo do trabalho estão sendo acompanhadas por modificações na psicologia organizacional e na educação profissional. Nesse contexto, o indivíduo se esforça para se adequar ao mercado de trabalho, projetando dificuldades de resistência ao processo de alienação. Uma vez que a formação profissional reflete a dinâmica do funcionamento social, contribuindo com a constituição da subjetividade, o objetivo desta pesquisa é refletir sobre a tensão entre alienação e emancipação dos modelos de educação profissional na interface com os elementos subjetivos, apresentados pela teoria crítica, que tendem a priorizar a submissão em detrimento da autonomia. De cunho teórico e com o intuito de desmistificar as tendências do mundo do trabalho, o estudo aborda os elementos relativos aos aspectos materiais, culturais e subjetivos da psicologia organizacional e da educação profissional. A pesquisa bibliográfica privilegia as contribuições da Escola de Frankfurt, propondo a interlocução de Horkheimer, Adorno e Marcuse com Marx, Weber e Freud, autores que abordam os mecanismos de dominação do sistema capitalista e os processos subjetivos do indivíduo inserido nesta realidade. A partir da teoria de Marx, busca-se discutir como os aspectos materiais promovem a intensificação do trabalho alienante. Com base na teoria de Weber, procura-se compreender a relação da ideologia de dominação da racionalidade administrada com a intensificação do utilitarismo na educação profissional e na psicologia organizacional. Recorre-se à teoria de Freud para investigar os elementos subjetivos que mobilizam a adesão irrefletida do sujeito às desigualdades do capitalismo e às ilusões da indústria cultural. Visto que a ciência, a educação, o trabalho e o sujeito são lócus tanto de reprodução quanto de autonomia, a pesquisa procura elementos de reflexão para o enfrentamento necessário à transformação das condições objetivas e subjetivas que limitam a aprendizagem para a emancipação. Ressalta-se a necessidade de mobilização de forças a partir do trabalho da psicologia organizacional e da educação no sentido de questionar a ideologia da sociedade administrada, cuja supervalorização do modelo pragmático inibe a educação dialética contra a barbárie da indiferença e da exploração.

ASSUNTO(S)

psicologia organizacional educação profissional subjetividade teoria crítica educacao organizational psychology professional education subjectivity critical theory

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