Psicologia na assistência social : práticas em travessia

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/12/2012

RESUMO

A presente dissertação aborda a relação entre as práticas dos profissionais da Psicologia e as Políticas Sociais, de modo mais específico, as relações entre o saber-agir da Psicologia e o campo da Assistência Social. Nesse sentido, contempla reflexões teóricas sobre o conhecimento produzido e as práticas vivenciadas, tendo em vista a ampliação e o aprofundamento dos debates acerca das interfaces da Psicologia com as Políticas Públicas Sociais. Para explorar o tema, enfocamos os contextos e os processos de inserção e atuação da Psicologia no campo da Assistência Social, nas últimas décadas, tendo em vista duas fontes de dados: produções científicas e narrativas. No que se refere às produções científicas, buscamos compreender as especificidades do conhecimento produzido sobre processos de constituição das práticas do psicólogo no campo da Assistência Social em teses e dissertações brasileiras publicadas entre 2004 e 2010. Com apoio numa proposta de revisão sistemática, observamos a escassez de estudos nessa área e constatamos peculiaridades concernentes às condições de trabalho, à consolidação profissional da Psicologia no campo da Assistência Social, às interlocuções com outras áreas e aos desafios cotidianos impostos e enfrentados nesse campo. A segunda seção teve o intuito de compreender como se deram os processos de articulação entre a construção das práticas do psicólogo e a Assistência Social. O estudo apoiou-se nas experiências de profissionais da Psicologia que efetivam ou efetivaram saberes e práticas no campo da Assistência Social, a partir da década de 1990, em Porto Alegre. Como estratégia metodológica, utilizamos a coleta e análise de narrativas, tendo como referencial teórico, o construcionismo social. Dentre os resultados deste trabalho, destacamos os descompassos entre a formação e a prática profissional, a contradição entre a necessidade de promover estratégias para construção cotidiana e coletiva concomitante à compreensão deste processo como obstáculo ao trabalho e, finalmente, a ideia de que a Política Pública de Assistência Social é uma travessia pouco explorada e pouco articulada às demais Políticas Sociais. O trabalho realizado reforça a relevância de intensificar o debate sobre a inserção das práticas dos psicólogos no campo da Assistência Social, tendo em vista a reflexão crítica e a transformação de concepções, lugares e projetos sociais para a profissão

ASSUNTO(S)

prÁtica profissional polÍticas pÚblicas polÍtica social assistÊncia social psicologia psicologia

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