Psicologia e direitos humanos: por que discutir necroliberalismo nas políticas de segurança?
AUTOR(ES)
Silva, Caíque Azael Ferreira da; Bicalho, Pedro Paulo Gastalho de
FONTE
Revista Direito e Práxis
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
Resumo A reflexão em torno das políticas de segurança no Rio de Janeiro revela a consolidação de um fenômeno que vem sendo chamado de necroliberalismo, caracterizado pela conjunção de práticas neoliberais e necropolíticas. No presente manuscrito, é feito um interrogatório à Psicologia, a partir de seus fundamentos éticos, para a elucidação do seu papel diante da racionalidade necroliberal que avança nas políticas públicas. As reflexões partem de uma ideia de que as práticas orientadas pelo necroliberalismo vão de encontro com as possibilidades de se garantir o acesso aos direitos fundamentais para parte da população, notadamente os mais pobres, negros e moradores de favelas e periferias. Conclui-se que tais políticas promovem subjetividades ora encarceradas, ora exterminadas, produzindo efeitos importantes para a análise dos processos psicossociais em curso no Brasil.
Documentos Relacionados
- Psicologia nos direitos humanos: possibilidades de mediações semióticas
- Políticas públicas e direitos humanos: desafios à atuação do Psicólogo
- 1. Direitos humanos: caminhando por alguns conceitos
- O romance e as origens dos Direitos Humanos: interseções entre história, psicologia e literatura
- Direitos Humanos: com Marx