Psicanálise existencial: a autópsia sartriana de Flaubert - o eremita de Croisset
AUTOR(ES)
Pereira, Deise Quintiliano
FONTE
Alea: Estudos Neolatinos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
Resumo Nas interlocuções do literário e do biográfico, interessa-nos lançar luz sobre o conceito sartriano de “psicanálise existencial” - método que visa compreender a constituição psíquica do indivíduo a partir de sua realidade sócio-histórica. O caso concreto sobre o qual Sartre se debruça no minucioso esforço de demonstração do seu tratado é Gustave Flaubert. O menino Gustave resiste a todas as incursões dos que se aventuram no difícil propósito de lhe ensinar a ler. Apontado como incapacitado: “você será o idiota da família”, escolherá a passividade e a inércia como meio de se adaptar a um mundo que se lhe apresentava como execrável. Agindo como um ator, o menino mergulha no mundo imaginário da representação, tanto em sua vida quanto em seus projetos, encarnando a máxima sartriana expressa no estudo de Jean Genet: “o importante não é o que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos daquilo que fizeram da gente”.
Documentos Relacionados
- Heidegger e o problema do solipsismo existencial: uma leitura habermasiana
- Mínimo existencial: um parâmetro para o controle judicial das políticas sociais de saúde
- A Psicologia em uma perspectiva fenomenológica existencial: uma breve contextualização
- Compreensão existencial: uma abordagem pedagógica de promoção da vida
- Viagens que Transformam a Condição Existencial: Narrativas e Representações em Filmes Protagonizados por Idosos