PROVOCAÇÕES PÓS-COLONIAIS À FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA

AUTOR(ES)
FONTE

Psicol. Soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/09/2019

RESUMO

RESUMO Tendo como referência os estudos pós-coloniais e suas críticas ao norte-centrismo, sexismo e racismo na produção científica, buscamos nesse artigo apresentar a experiência da oficina Racismo, Sexismo, Epistemicídios e os saberes Psi, que aconteceu durante a XXVI Semana de Psicologia da Universidade Federal do Ceará. Nesse contexto, promovemos o debate sobre como o eurocentrismo epistêmico, o racismo e o sexismo produzem efeitos no campo de saber da Psicologia e discutimos com estudantes de graduação e pós-graduação estratégias de resistência cientificamente engajadas no enfrentamento das injustiças sociais. Na medida em que questionamos a objetividade, neutralidade e universalidade da ciência, também colocamos em discussão a naturalização da desigualdade e exclusão social. O exercício de decolonialidade proposto na oficina teve uma dimensão de provocação denunciativa das violências epistêmicas que nos constituem e imaginativa das transformações que temos de realizar para acolher a diversidade epistêmica em um mundo pluriversal.ABSTRACT Having as reference the post-colonial studies and its critics towards the North-centrism, sexism and racism in the scientific production, we intend to present in this article the experience from the workshop Racism, Sexism, Epistemicide and the Psi knowledges, which took place during the XXVI Psychology Week of Federal University of Ceará. In this context we promoted the debate about how the epistemic eurocentrism, the racism and the sexism produce effects in the field of knowledge of Psychology and discussed with students from the undergraduate and graduate programs the resistance strategies scientifically engaged in the confrontation of social injustices. As long as we query objectivity, neutrality and the universality of science, we also bring to discussion the naturalisation of social inequality and exclusion. The exercise of decoloniality as proposed in the workshop had a dimension of denunciatory provocation concerning the epistemic violences which constitute ourselves, as well as of an imaginative one concerning the transformations we have to make so that we welcome epistemic diversity in a pluriversal world.

Documentos Relacionados