Protocolos de mobilização precoce no paciente crítico pediátrico: revisão sistemática

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ter. intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/06/2019

RESUMO

RESUMO Objetivo: Descrever os protocolos existentes de mobilização precoce nas unidades de terapia intensiva pediátrica. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura cuja busca foi realizada nas bases MEDLINE®, Embase, SciELO, LILACS e PeDRO, sem restrição para data e idioma. Foram incluídos estudos observacionais e ensaios clínicos randomizados e não randomizados, que descrevessem um programa de mobilização precoce em pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva pediátrica, com idades entre 29 dias a 18 anos. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada por meio das ferramentas Newcastle-Ottawa, Methodological Index for Non-Randomized Studies e da colaboração Cochrane. Resultados: Foram identificados 8.663 estudos, sendo 6 incluídos nesta revisão. Três estudos descreveram a implementação de programa de mobilização precoce, incluindo atividades como mobilização passiva progressiva, posicionamento, discussão das metas de mobilização com a equipe, além de contraindicações e critérios de interrupção. Cicloergômetro e jogos de realidade virtual também foram usados como recursos para mobilização. Quatro estudos consideram a importância da participação da equipe multiprofissional na implementação dos protocolos de mobilização precoce. Conclusão: De modo geral, os protocolos de mobilização precoce são baseados em intervenções individualizadas, conforme o desenvolvimento da criança. Além disso, o uso do cicloergômetro pode ser viável e seguro nesta população. A implementação de protocolos institucionais e multiprofissional pode contribuir para a prática da mobilização precoce nas unidades de terapia intensiva pediátrica, no entanto são necessários estudos que comprovem a eficácia da intervenção.ABSTRACT Objective: To describe the existing early mobilization protocols in pediatric intensive care units. Methods: A systematic literature review was performed using the databases MEDLINE®, Embase, SciELO, LILACS and PeDRO, without restrictions of date and language. Observational and randomized and nonrandomized clinical trials that described an early mobilization program in patients aged between 29 days and 18 years admitted to the pediatric intensive care unit were included. The methodological quality of the studies was evaluated using the Newcastle-Ottawa Scale, Methodological Index for Non-Randomized Studies and the Cochrane Collaboration. Results: A total of 8,663 studies were identified, of which 6 were included in this review. Three studies described the implementation of an early mobilization program, including activities such as progressive passive mobilization, positioning, and discussion of mobilization goals with the team, in addition to contraindications and interruption criteria. Cycle ergometer and virtual reality games were also used as resources for mobilization. Four studies considered the importance of the participation of the multidisciplinary team in the implementation of early mobilization protocols. Conclusion: In general, early mobilization protocols are based on individualized interventions, depending on the child's development. In addition, the use of a cycle ergometer may be feasible and safe in this population. The implementation of institutional and multidisciplinary protocols may contribute to the use of early mobilization in pediatric intensive care units; however, studies demonstrating the efficacy of such intervention are needed.

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