Protocolos comunitários como ferramentas de resistência à exclusão no âmbito da governança ambiental global

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. adm. empres.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-08

RESUMO

RESUMO Este artigo analisa a ascensão da abordagem dos protocolos comunitários no âmbito da governança transnacional de compartilhamento de acesso e benefícios (access and benefit- sharing - ABS), a fim de compreender como iniciativas locais traduzem uma regulamentação ambiental global. Este artigo contribui para a literatura sobre governança transnacional ao mostrar como este fenômeno é constituído por uma série de processos de tradução e, cada vez que um conceito é introduzido em uma instância internacional, e depois traduzido por uma comunidade ou organização, adquire novas formas e usos, dependendo dos interesses e experiências dos atores envolvidos. Entretanto, os mesmos conceitos utilizados para os mesmos objetivos por comunidades em diferentes partes do mundo levaram a resultados concretos diferentes, o que aponta para a ideia de que os resultados nos processos de tradução não são apenas continuados, mas também imprevisíveis. Além disso, os casos ilustram que, no processo de tradução ativa de uma regulamentação global, os próprios atores locais também mudam. Finalmente, os resultados obtidos mostram como os protocolos comunitários foram traduzidos de modo a se tornar ferramentas translocais voltadas à resistência à exclusão no campo da governança ambiental, através de dois mecanismos principais: conexão de objetivos de práticas e (re)conexão de redes sociais.

ASSUNTO(S)

governança transnacional tradução resistência translocal comunidades locais compartilhamento de acesso e benefícios

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