PROTEIN METABOLIC PROFILE, PRODUCTIVE AND REPRODUCTIVE DEVELOPMENT FROM BEEF COWS SUPPLEMENTED AT POST-PARTUM / DESEMPENHO PRODUTIVO, REPRODUTIVO E PERFIL METABÓLICO PROTÉICO DE VACAS DE CORTE SUPLEMENTADAS NO PÓS-PARTO

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da suplementação de vacas de corte, mantidas em pastagem natural, com farelo de trigo ao nível de 0,7% do peso vivo, com ou sem a adição de uréia no suplemento, do parto ao desmame, sobre a produção e composição do leite, sobre os componentes do perfil metabólico protéico e desempenho produtivo e reprodutivo das vacas, antes e após o desmame, aos 63 dias pós-parto. Foram utilizadas 115 vacas dos grupos genéticos Charolês (C), Nelore (N), mestiças com predominância de Charolês (CN) e mestiças com predominância de Nelore (NC). A idade das vacas variou de 3 a 13 anos, sendo divididas em três classes de idade: jovens (3-4 anos), adultas (5-7 anos) e velhas (+ 8 anos). As vacas foram divididas nos seguintes tratamentos: CN vacas com cria ao pé mantidas exclusivamente em regime de pastagem natural; FTR vacas com cria ao pé mantidas em pastagem natural e recebendo suplementação diária de 0,7% do peso vivo de farelo de trigo; FTRU - vacas com cria ao pé mantidas em pastagem natural e recebendo suplementação diária de 0,7% do peso vivo de farelo de trigo + uréia (12,5g/100 kg peso vivo). A produção diária de leite e os teores de proteína, gordura, lactose e extrato seco total do leite das vacas não apresentaram diferença entre os tratamentos testados. A produção diária e o teor de proteína do leite foram maiores nos dois primeiros períodos, decaindo na amostra colhida no momento do desmame. As vacas Nelore e as cruzas CN apresentaram teor de lactose (5,02%) superior às cruzas NC (4,83%), e as Charolesas com um valor intermediário (4,90%). O teor de extrato seco total foi maior para as vacas Nelore e cruzas NC (12,25 e 12,16%, respectivamente), comparado com as Charolesas e cruzas CN (11,35 e 11,61%, respectivamente). Foi verificada interação (p<0,10) significativa entre tratamento e grupo genético para o teor de nitrogênio ureico sérico (NUS) das vacas, tendo as vacas suplementadas com concentrado contendo uréia apresentado teor de NUS superior às não suplementadas e às suplementadas somente com farelo de trigo (18,19 vs 14,54 e 12,48 mg/dL, respectivamente). Os teores de albumina sérica e nitrogênio ureico do leite (NUL) não diferiram significativamente (P>0,10) entre tratamento e período. NUS e NUL apresentaram uma correlação positiva e altamente significativa (P<0,0001) de 49%. A taxa de concepção das vacas não foi influenciada pelos teores de NUS e NUL, independente do tratamento a que foram submetidas. As vacas suplementadas apresentaram um ganho de peso médio diário (GMD), do parto ao final do acasalamento, superior (P<0,05) as não suplementadas, além de terem apresentado um maior ganho de peso (P<0,0002) durante o período de suplementação. O GMD das vacas não foi influenciado pelo grupo genético (P>0,05), entretanto as Charolesas obtiveram uma condição corporal maior (P<0,05) durante todo o período experimental, ficando as Nelores com uma condição corporal inferior e as mestiças com um valor intermediário. A taxa de parição não apresentou diferença significativa entre os períodos (P>0,05).

ASSUNTO(S)

zootecnia bovinocultura de corte alimentacao producao animal zootecnia bovinocultura vaca de corte

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