Proteção renal na unidade de terapia intensiva cirúrgica

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Terapia Intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-09

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A disfunção renal peri-operatória é importante causa de aumento de morbimortalidade. Com o aumento da expectativa de vida, pacientes mais idosos e com maior números de co-morbidades estão sendo submetidos à procedimentos cirúrgicos de alto risco, o que torna as práticas da proteção orgânica possíveis modificadoras de prognóstico a curto e longo prazo. Nesse contexto, esta revisão sobre a proteção renal na unidade de terapia intensiva cirúrgica objetivou destacar os fatores de riscos peri-operatórios e discutir as atuais evidências científicas direcionadas para a diminuição da disfunção renal peri-operatória. CONTEÚDO: Apesar da baixa extração e adequada reserva renal de oxigênio, o rim é extremamente sensível à hipoperfusão sendo a insuficiência renal aguda uma complicação freqüente de instabilidade hemodinâmica. Este aparente paradoxo, comalto suprimento de oxigênio e reduzida extração, com alta incidência de lesão renal à hipotensão, é explicado pelo gradiente fisiológico intra-renal de oxigênio que torna a medula particularmente susceptível à isquemia. Identificou-se fatores de lesão renal em todas as fases do período peri-operatório: jejum e uso de contraste pré-operatório, hipovolemia, hipotensão, liberação de catecolaminas e citocinas, utilização e circulação extracorpórea, politrauma, presença de rabdomiólise e pinçamentoaórtico. É necessário que práticas capazes de diminuir a lesão renal peri-operatória sejam discutidas. CONCLUSÕES: O controle da lesão renal baseia-se nos princípios da fisiologia renal peri-operatória e na otimização da hemodinâmica glomerular. Medidas direcionadas para proteção orgânica devem ser implementadas devido ao impacto da insuficiência renal na evolução clínica neste grupo de pacientes.

ASSUNTO(S)

disfunção renal insuficiência renal peri-operatório proteção renal

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