Prostitutas reconfiguradas: artimanhas da marca Daspu na visibilidade dos meios impresso e digital

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/10/2012

RESUMO

O objetivo deste trabalho é examinar como os modos de presença da figura da prostituta Daspu estão sendo presentemente reestruturados na comunicação jornalística nacional, sob o impacto do website da marca de moda homônima. Tratase de perguntar se houve, desde o surgimento do site, mudanças na produção de sentidos dos simulacros das prostitutas figurativizadas pela grife tais como são presentificados na imprensa jornalística atual. Operamos com a hipótese principal de que a presença da figura da prostituta Daspu teria promovido uma alteração na visibilidade social das prostitutas atreladas à marca na mídia jornalística. Tomandose como referencial teórico os postulados da teoria semiótica greimasiana, entendemos por figura da prostituta Daspu as configurações semânticas que são discursivamente reiteradas nos textos áudio-verbo-visuais do website institucional da marca e nos textos jornalísticos que os repercutem. Adotamos também a noção de simulacro de Landowski, que o define como o conjunto dos traços (linguísticos ou não) pertinentes para a atribuição de uma significação inscrita por um destinador, em um texto, para ser apreendida por um destinatário. As determinações sintáxicas e semânticas mantidas entre destinador e destinatário contribuem para forjar a imagem da prostituta que os parceiros enviam um ao outro no ato da comunicação. O corpus da pesquisa compreende o website institucional da marca Daspu, acessável em www.daspu.com.br, e um recorte dentre as reportagens extraídas dos diversos cadernos do jornal Folha de S. Paulo que trazem manifestações do simulacro da prostituta Daspu no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2010. A seleção da abrangente variedade de reportagens objetiva oferecer subsídios para a investigação dos tipos de simulacros manifestos nos textos jornalísticos. O resultado mostra que as representações da prostituta nas pautas jornalísticas tem seus simulacros edificados sobre as mesmas bases de valores daquelas levantadas e analisadas no referido website. Depreendemos assim que os sentidos produzidos são re-enunciados entre o meio impresso e o digital, antes que somente enunciados do segundo para o primeiro

ASSUNTO(S)

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