Propriedades inflamatorias da placa dental e de alguns de seus componentes
AUTOR(ES)
Oslei Paes de Almeida
DATA DE PUBLICAÇÃO
1980
RESUMO
Está bem fundamentada a relação entre placa dental e doença periodem tal inflamatória. Entretanto, devido à coraplexidade da estrutura da placa ainda não se sabe quais as bactérias ou substâncias diretamente envolvidas no processo. Como as bactérias normalmente não atravessam a barreira epitelial, a atenção tem sido voltada para os componentes da placa que têm possibilidade de atingir o tecido conjuntivo subjacente. No presente trabalho foi utilizado como modelo experimental a cavidade peritonial de camundongos, que se mostrou eficiente para o estudo das propriedades inflamatórias da placa dental e de alguns de seus componentes. Inicialmente foi feito um estudo comparativo da capacidade da placa dental e de alguns de seus componentes em provocar migração leucocitária , extravasamento de material plasmático (complemento, albumina e imunoglobulinas), e aumento da fagocitose de macrofagos . A fração preparada da placa dental foi ativa neste sistema, e o tratamento com hidróxido de sódio diminuiu suas propriedades inflamatórias. Das substâncias isoladas, as mais potentes foram o lipopolissacarídio da Veillonela alcalescens, o Mutano I (com mais de 99% de ligações a -1 - 3) , a fração solúvel do Actinomyces viscosus e o Lipídio A, enquanto que o Dextrano T-250 , o Mutano II (90% de a-1-3 e 10% a-1-6) , o Acido Lipoteicoico e o Levano tiveram pouca atividade neste sistema. Procurou-se também estudar neste modelo, o efeito do pre-tratamento com lipopolissacarídio (LPS) na resposta inflamatoria. Camundongos pré - tratados intraperitonialmente com os lipopolissacarídeos da Salmonella typhimurium (S-LPS) e Escherichia coli (E-LPS) apresentaram resposta inflamatória aumentada quando o teste foi feito no peritônio, enquanto que os pré-tratados com LPS derivado da Veillonella alcalescens (V-LPS) apresentaram menor número de células, em relação aos controles, quando do desafio. Animais pré-tratados endovenosamente com S-LPS, E-LPS ou V-LPS mostraram maior número de mononucleares e polimorfonucleares, 24 horas após o desafio no peritônio com as mesmas substâncias. Os animais pré-tratados com E-LPS e S-LPS apresentaram células formadoras de anticorpos e anticorpos específicos no sangue e fluido peritonial. Com o V-LPS não foram observados resultados semelhantes. A participação das imunoglobulinas nas reações inflamatórias causadas pelo LPS foi estudada através da transferência passiva de anticorpos.
ASSUNTO(S)
patologia bucal rato - fisiologia periodontia
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000043371Documentos Relacionados
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