Progresso temporal da ferrugem polisora em milho sob diferentes condições de ambiente

AUTOR(ES)
FONTE

Fitopatologia Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-06

RESUMO

O progresso temporal da severidade da ferrugem polisora causada por Puccinia polysora do milho (Zea mays) foi quantificado em plantios seqüenciais de outubro a maio em diferentes áreas no Brasil durante dois anos (1995-1996 e 1996-1997). O modelo logístico ajustou-se melhor aos dados que o modelo de Gompertz. Quatro componentes da curva de progresso da doença (severidade máxima da doença; área sob a curva de progresso da doença, AUDPC; área sob a curva de progresso da doença ao redor do ponto de inflexão, AUDPCi; e taxa epidêmica) foram usados para comparar as epidemias nas diferentes áreas e nas diferentes épocas de plantio. A AUDPC, a AUDPCi e a taxa epidêmica foram analisadas em relação a variáveis climáticas (temperatura, umidade relativa, horas de umidade relativa >90% e precipitação) medidas durante os ensaios. A severidade da doença atingiu níveis maiores que 30% em Piracicaba e Guaíra nos plantios de dezembro e janeiro. Valores mais baixos de AUDPC ocorreram nos plantios tardios em ambos os locais. A taxa epidêmica correlacionou-se positivamente (P < 0,05) com as temperaturas diárias e negativamente com horas de umidade relativa >90%. A AUDPC não se correlacionou com nenhuma variável climática. A AUDPCi correlacionou-se negativamente com ambas as variáveis ligadas à umidade, mas não se correlacionou com a precipitação. Períodos longos (>13 h por dia) de umidade relativa >90% (que correspondem ao molhamento foliar) ocorreram em Castro. A severidade da doença foi sempre baixa em Castro, o que explica as correlações negativas entre doença e as duas variáveis relacionadas com a umidade.

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