Prognóstico audiológico tardio relacionado à meningite em lactentes

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-09

RESUMO

INTRODUÇÃO: Déficit auditivo tem sido considerado uma das principais manifestações tardias das meningites, sobretudo quando esta ocorre nos dois primeiros anos de vida. No país, poucos são os estudos relatando a evolução de crianças acometidas por meningite e a percentagem e gravidade dos transtornos auditivos e seqüelas neurológicas após a alta hospitalar. OBJETIVO: Caracterizar as principais seqüelas auditivas e neurológicas, delineando o perfil do comprometimento auditivo encontrado cinco anos após a infecção do sistema nervoso central. MÉTODO: Foram incluídas crianças com idade entre 5 e 7 anos, admitidas no Hospital Couto Maia no ano de 1997, e que tiveram diagnóstico de meningite com idade inferior a dois anos. RESULTADOS: 19 crianças passaram pela avaliação neurológica e auditiva. A idade média foi 6 anos e 68,42% eram do sexo masculino. Quanto à etiologia, 52,63% piogênica, 42,1%viral, 5,26% tuberculosa. Alterações auditivas ocorreram em 26,31% da população. CONCLUSÃO: Distúrbios auditivos trazem implicações acadêmicas e sociais às crianças afetadas, especialmente aquelas em idade escolar. Destacamos a necessidade de monitoramento audiológico de todas as crianças com história prévia de meningite.

ASSUNTO(S)

meningite crianças prognóstico déficit auditivo seqüela neurológica comunicação

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