PROGNOSE DA DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA E DO ESTOQUE DE CARBONO POR CADEIA DE MARKOV EM UMA FLORESTA SECUNDÁRIA DA MATA ATLÂNTICA

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Árvore

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/10/2018

RESUMO

RESUMO A modelagem de crescimento e produção, a nível de distribuição diamétrica, é uma importante ferramenta para compreender a dinâmica florestal e prognosticar se a floresta funcionará como sumidouro ou fonte emissora de CO2. Desta forma, objetivou-se prognosticar a distribuição diamétrica e o estoque de carbono de um fragmento florestal utilizando a cadeia de Markov para avaliar os impactos da dinâmica de crescimento no sequestro de carbono da floresta. Vinte parcelas de 10x50 m foram inventariadas, nos anos de 2010 e 2015, contabilizando os fustes com dap > 5 cm. A distribuição diamétrica foi projetada para os anos de 2015 e 2020, considerando todo o fragmento e os grupos ecológicos (pioneiras e não-pioneiras). O estoque em volume foi obtido por meio de equação alométrica enquanto o de biomassa e carbono pela multiplicação do volume pela média da densidade básica e do teor de carbono da madeira, respectivamente. A distribuição diamétrica estimada para o fragmento e grupos ecológicos não diferiu estatisticamente dos valores observados pelo teste de Kolmogorov-Smirnov (p-valor < 0,05). O número de fustes ha-1 estimados do fragmento passou de 1692, em 2015, para 1841, em 2020. Já para as espécies pioneiras e não-pioneiras, o número de fustes ha-1 passou de 476 e 1203, em 2015, para 472 e 1362, em 2020, respectivamente. O estoque de carbono aumentou 5,69 MgC ha-1, sendo a maior contribuição das espécies não-pioneiras. Assim, conclui-se que a distribuição diamétrica continuará como “J-invertido” e o fragmento florestal seguirá atuando como sumidouro de carbono nos próximos anos.

ASSUNTO(S)

dinâmica florestal gases de efeito estufa manejo florestal

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