PROFESSORES BRASILEIROS DE ILE NO MUNDO HIPERMODERNO: SUJEITOS PRÊT-À-PORTER, MÍDIA SOCIAL E DISCURSO

AUTOR(ES)
FONTE

Trab. linguist. apl.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-08

RESUMO

RESUMO Postagens publicadas por professores e alunos em redes sociais, em especial em páginas de comunidades, têm sido objeto de nossa atenção, com o objetivo de refletir sobre representações e sobre os processos identitários que emergem dos processos de objetificação e de subjetivação constituídos por e constituintes de relações de poder/saber que se estabelecem no/pelo discurso midiático-digital. Pensar o imbricamento entre identidade e tecnologia na constituição identitária dos sujeitos educacionais, de nosso ponto de vista, pode contribuir para o entendimento das implicações das práticas identitárias para a formação de gestores educacionais e professores e para a capacitação de professores em serviço. Assim, tomando uma perspectiva discursivo-desconstrutivista para a Análise do Discurso, examinamos postagens publicadas na rede social Facebook. A fundamentação teórico-metodológica se pauta em estudos foucaultianos acerca de poder e subjetividade e na proposta de Ferreira (2008), no sentido de considerar a estrutura rizomática de Deleuze & Guatarri (2000)como um método para analisar o discurso das redes. Emprestamos, ainda, de Lipovetzky & Seroy (2005, 2008, 2015), considerações sobre os processos que constituem a contemporaneidade. Portanto, inseridos na perspectiva foucaultiana de que a linguagem é prática social, é ação sobre outros (Foucault, 1980), partimos da expectativa de que as comunidades facebookianas podem se revelar como dispositivos disciplinares bem ao gosto da sociedade de consumo contemporânea em que imperam processos antropofágicos e autofágicos. O que se sobressai da análise é a constituição de um sujeito hedonista que se nos apresenta em processos antropofágicos e autofágicos que se materializam, por exemplo, na recorrência à auto-referenciação e referenciação em ilustrações imagéticas e digitais e no exacerbado recurso à narrativa de si com efeito de sentido de atendimento a uma demanda hipertrofiada estetizante de um hiper Narciso que, estrategicamente, constrói-se como um irresistível Don Juan.

ASSUNTO(S)

tecnologia subjetividade professores de ile

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