Produtividade e qualidade da soja em função da calagem na superfície em semeadura direta

AUTOR(ES)
FONTE

Bragantia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

As conseqüências da aplicação superficial de calcário na qualidade da soja cultivada em semeadura direta, com base nas concentrações de óleo, proteína e nutrientes, não são muito conhecidas. Com o objetivo de estudar a produtividade de grãos, óleo e proteína e a composição mineral de grãos de soja, em função da calagem na superfície, em semeadura direta, foi instalado um experimento em Latossolo Vermelho distrófico textura média, em Ponta Grossa (PR). O delineamento experimental empregado foi o de blocos ao acaso, em esquema de parcelas subdivididas, com três repetições. Em julho de 1993, foram aplicadas quatro doses de calcário dolomítico, nas parcelas, em superfície (0, 2, 4 e 6 t.ha-1) e, em junho de 2000, reaplicadas duas doses de calcário dolomítico, nas subparcelas, em superfície (0 e 3 t.ha-1). Avaliaram-se os tratamentos por meio da cultura da soja no ano agrícola de 2001/2002. A aplicação superficial de calcário não alterou a eficiência do processo biológico de fixação de N2, avaliada pela concentração de N nas folhas, a produtividade de grãos, óleo e proteína de soja, apesar da elevada acidez (pH em CaCl2 4,3 e 25% de saturação por bases) existente na camada superficial do solo (0-5 cm). A calagem na superfície, em semeadura direta, aumentou o teor de óleo e não alterou a concentração de proteína de soja. Houve aumento de P e Ca e redução de Zn nos grãos de soja, com a calagem na superfície, enquanto os teores de K, Mg, Cu, Mn e Fe não foram alterados. As variações de P e Zn nos grãos estiveram relacionadas (P < 0,01) com o aumento do pH, ao passo que a de Ca foi proporcional (P < 0,01) ao aumento do Ca trocável, na camada de solo de 0-5 cm.

ASSUNTO(S)

glycine max (l.) merrill acidez do solo calcário dolomítico óleo proteína nutrientes

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