Produção e transporte do camarãorosa Farfantepenaeus brasiliensis para a pesca amadora: uma alternativa sustentável?

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/05/2012

RESUMO

Além de popular e crescente no mundo todo, a pesca amadora é considerada uma importante atividade recreativa, econômica e social que movimenta uma ampla cadeia produtiva gerando emprego e renda. As principais espécies de camarões marinhos nativos da costa brasileira utilizados como isca viva na pesca amadora são: o camarão-branco Litopenaeus schmitti e os camarões-rosa Farfantepenaeus brasiliensis e Farfantepenaeus paulensis, todas incluídas na lista de espécies sobre-explotadas. Embora os camarões sejam capturados em estuários ao longo de todo o ano, o principal período de captura ocorre nos meses de verão. Este fato produz flutuações significativas na captura ao longo do ano, ocorrendo situações em que as capturas diminuem muito. Em vista destes fatos, o cultivo de camarões para produção de iscas vivas pode vir a ser um importante instrumento para a conservação e para regulação do mercado de isca viva. Portanto, os estudos que compõem esta tese foram direcionados para a produção do camarão-rosa F. brasiliensis em sistema de bioflocos e para estudos de manejo relacionados ao transporte destes camarões como isca viva. A partir dos resultados observados na tese, pode se verificar que já existe uma metodologia bem estabelecida para a produção de pós-larvas de F. brasiliensis não sendo esta fase um obstáculo para a produção de isca viva. Além disso, os resultados mostraram que F. brasiliensis apresenta um potencial para o cultivo em sistema de bioflocos podendo ser cultivado na densidade de estocagem de até 100 camarões/m2 durante a fase de berçário e até 75 camarões/m2 durante a fase de engorda. Por último, observou-se que para o transporte de F. brasiliensis a temperatura da água deve estar entre 16 e 19 C e a densidade de estocagem não deve ultrapassar os 3 camarões/L ou (16,5 g/L), sendo recomendado o transporte por no máximo 10 horas para evitar mortalidades. Portanto, de acordo com os dados obtidos na presente tese, a produção de pós-larvas, o cultivo em sistema de bioflocos e o transporte de F. brasiliensis para a comercialização na forma de isca viva para suprir as necessidades da pesca amadora demonstrou ser tecnicamente viável.

ASSUNTO(S)

aquicultura carcinocultura pesca com isca viva farfantepenaeus brasiliensis bioflocos crescimento sobrevivência densidade de estocagem ecologia live bait biofloc grow-out survival stocking density

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