Produção e qualidade da soja em função do calagem e aplicação de gesso

AUTOR(ES)
FONTE

Scientia Agricola

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-08

RESUMO

Os efeitos da aplicação de calcário e gesso na qualidade da soja cultivada em plantio direto não são muito conhecidos. O experimento foi instalado em 1998 em um Latossolo Vermelho distrófico textura argilosa, em Ponta Grossa (PR), com o objetivo de avaliar a produção de soja e a concentração de óleo, proteína e nutrientes nos grãos, após a aplicação de calcário e gesso em plantio direto. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos completos ao acaso em parcelas subdivididas, com três repetições. Nas parcelas, os tratamentos com calcário dolomítico foram: testemunha (sem calcário), calcário parcelado na superfície (três aplicações anuais de 1,5 Mg ha-1), calcário na superfície (4,5 Mg ha-1) e calcário incorporado (4,5 Mg ha-1). As subparcelas receberam quatro doses de gesso: 0, 3, 6 e 9 Mg ha-1. A cultura da soja foi avaliada nos anos agrícolas de 20022003 e 20032004. Após 58 meses, a correção da acidez pela calagem na superfície, com ou sem parcelamento, foi mais acentuada na camada superficial do solo (00,05 m) e houve maior reação nas profundidades de 0,050,10 e 0,100,20 m quando o calcário foi incorporado. A calagem superficial ou incorporada não influenciou a produção de grãos e as concentrações de óleo e proteína de soja. O gesso melhorou as condições químicas do subsolo, aumentando o pH (CaCl2 0,01 mol L-1) e os teores de Ca2+ e S-SO4(2-), e causou lixiviação de Mg2+ trocável no solo. A aplicação de gesso não alterou a produção de grãos, mas melhorou a qualidade da soja, ocasionando aumento nas concentrações de proteína e de S, em 20032004, e de P, K e Ca nos grãos, nos dois anos de cultivo. O uso de gesso em cultivo de soja no plantio direto pode ser de grande importância para campos de produção de sementes.

ASSUNTO(S)

glycine max (l.) merrill acidez do solo óleo proteína nutrientes

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