PRODUÇÃO DE SERAPILHEIRA EM FUNÇÃO DO SISTEMA DE PLANTIO DE MUDAS EM ÁREA DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL DE DOIS ANOS NA PLANÍCIE COSTEIRA DE CARAGUATATUBA, SÃO PAULO, BRASIL

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Árvore

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/02/2018

RESUMO

RESUMO O plantio de mudas combinando espécies pioneiras e não pioneiras facilita a restauração de processos ecológicos, como a produção de serapilheira. A serapilheira é fundamental para restabelecer a ciclagem de nutrientes e recuperar a fertilidade do solo em estágios iniciais de restauração. Este estudo avaliou a produção de serapilheira em um reflorestamento (floresta de transição: restinga alta - floresta de encosta submontana) e testou diferenças entre sistemas de plantio de mudas em linhas (LI, espaçamento 2x2m) e em grupos adensados (NU, espaçamento 30x30cm). A serapilheira produzida foi coletada mensalmente durante 24 meses em 62 parcelas (27 LI; 27 NU e 8 controles sem plantio). Foram determinados: o peso seco da serapilheira, das suas frações (folhas, galhos, reprodutivo e detritos) e separada a serapilheira produzida pelas mudas e pela vegetação anterior ao reflorestamento. A produção anual foi maior nos plantios (254,91 g.m-2) do que nos controles (120,99 g.m-2), não houve diferenças entre LI (259,39 g.m-2) e NU (250,59 g.m-2). Houve substituição da serapilheira ao longo do tempo, maior nos plantios do que nos controles, mas sem diferenças entre sistemas de plantio. Os resultados indicaram que: (1) o plantio de mudas facilitou a recuperação da produção de serapilheira, (2) houve substituição do material produzido já em fases iniciais da restauração e (3) o plantio de mudas em linhas ou agrupadas foi igualmente eficiente. Conclui-se que o plantio de mudas aumenta a produção de serapilheira e pode favorecer a recuperação da ciclagem de nutrientes em áreas degradadas, independentemente de sua disposição em linhas ou grupos adensados.

ASSUNTO(S)

liteira mudas agrupadas densidade de plantio

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