Produção de formas aladas em colônias de Brevicoryne brassicae (L.) (Hemiptera: Aphididae) por indução do parasitóide Diaeretiella rapae (McIntosh) (Hymenoptera: Aphidiidae) e alguns aspectos comportamentais da interação destas espécies

AUTOR(ES)
FONTE

Neotropical Entomology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-01

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi o de verificar se há indução de indivíduos alados em colônias de Brevicoryne brassicae (L.), quando expostas a Diaeretiella rapae (McIntosh). Foram também descritos alguns aspectos das interações biológicas dessas espécies. Colônias do pulgão foram iniciadas com 10 adultos por planta de couve, isoladas em recipientes transparentes. Um casal de parasitóides foi introduzido e mantido dentro de cada recipiente-teste por 3h; não foram introduzidos parasitóides do grupo controle. Formas aladas foram produzidas tanto na presença como na ausência de parasitóides, mas, na sua presença, os pulgões alados foram produzidos mais rapidamente e em número significativamente maior. Não se obteve correlação significativa entre o número de alados e o número de múmias. A longevidade média foi de 2,3 ± 0,19 dias e a taxa de parasitoidismo foi em média de 20,6 ± 5,21%. B. brassicae respondeu à presença de D. rapae com aumento na produção de formas aladas. Isto pode ser considerado um mecanismo de defesa, pois os pulgões poderiam, estrategicamente, manter sua sobrevivência, escapando pelo vôo e colonizando outras plantas hospedeiras. Dois outros comportamentos de defesas foram registrados: agitação vigorosa do corpo e fuga dos parasitóides. Durante 26h de observação, foram catalogados 20 atos comportamentais de D. rapae, divididos em cinco categorias: auto-limpeza, alimentação, exploração, cópula e oviposição. Interações diretas entre as espécies ocorreram não somente durante a oviposição, mas também quando a vespa tocava os pulgões com as antenas e ovipositor.

ASSUNTO(S)

insecta defesa induzida interação parasitóide-hospedeiro plasticidade fenotípica

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