ProduÃÃo, caracterizaÃÃo e atuaÃÃo anticariogÃnico da quitosana extraÃdos de Cunninghamella elegans UCP 542

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A cÃrie dentÃria à uma doenÃa infecto-contagiosa que acomete cerca de 95% da populaÃÃo mundial. A placa bacteriana dentÃria à constituÃda principalmente por microrganismos do gÃnero Streptococcus, considerado o principal agente etiolÃgico da cÃrie. A eficiÃncia de produtos sintÃticos e naturais que interferem nas propriedades adesivas e na colonizaÃÃo da cavidade bucal por bactÃrias cariogÃnicas, visando prevenir a cÃrie vem sendo objeto de pesquisas recentes. A quitosana à um polissacarÃdeo natural, biocompatÃvel e biodegradÃvel, derivado da N-deacetilaÃÃo da quitina. A quitina à encontrada na parede celular de fungos, exoesqueleto de crustÃceos e cutÃculas de inseto. A quitosana foi estudada devido Ãs suas propriedades de inibiÃÃo do crescimento bacteriano e do processo de colonizaÃÃo da superfÃcie dentÃria por bactÃrias cariogÃnicas. Com este objetivo, foi realizado um screening de meios de cultura para a produÃÃo de quitina e quitosana por Cunninghamella elegans (UCP 542). O meio selecionado a base de jacatupà (Pachyrhizus erosus L. Urban), apresentou maior produÃÃo de biomassa (20,4g/L), de quitina (409mg/g de biomassa) e de quitosana (39,1mg/g de biomassa). A quitosana microbiolÃgica isolada apresentou grau de deacetilaÃÃo em torno de 85% e massa molar mÃdia viscosimÃtrica (Mv) de 4,016 x 104 (g/mol). Dando prosseguimento aos estudos, foi realizada a caracterizaÃÃo fÃsico-quÃmica da quitosana de origem microbiolÃgica e de crustÃceo. As investigaÃÃes sobre a atividade antibacteriana da quitosana para Streptococcus mutans, Streptococcus mitis, Streptococcus sanguis e Streptococcus oralis, foram realizadas no sentido de estabelecer a concentraÃÃo mÃnima bacteriostÃtica e a concentraÃÃo mÃnima bactericida. A resposta antimicrobiana da quitosana microbiolÃgica e de crustÃceo foram semelhantes, sendo o efeito bacteriostÃtico na concentraÃÃo de 2mg/mL e o bactericida na concentraÃÃo de 2,5mg/mL para S. mutans, S. mitis e S. oralis e de 5mg/mL para S. sanguis. Os estudos dirigidos para avaliar os mecanismos de adesividade da quitosana ao dente e à bactÃria foram realizados atravÃs da Microscopia EletrÃnica de Varredura, determinaÃÃo da hidrofobicidade da parede celular bacteriana e produÃÃo de glucana pelas amostras de Streptococcus. Os resultados seqÃenciais obtidos indicaram maior habilidade da quitosana na reduÃÃo e adsorÃÃo das bactÃrias cariogÃnicas ao dente nas concentraÃÃes acima de 2,0mg/mL. Ambas as amostras de quitosana diminuiram a produÃÃo de glucanos, bem como a hidrofobicidade da parede celular de S. mutans, S. sanguis, S. mitis e S. oralis. Ao final, foi observada a aÃÃo da quitosana microbiolÃgica e de crustÃceo no processo de desmineralizaÃÃo e remineralizaÃÃo do esmalte dentÃrio, quando submetido à presenÃa de Ãcido cÃtrico 50mM (pH 3,0), atravÃs da quantificaÃÃo de cÃlcio e fÃsforo. Os dentes previamente tratados com ambas as amostras de quitosana apresentaram reduÃÃo nas perdas de cÃlcio e fÃsforo. Os resultados obtidos confirmaram o grande potencial biotecnolÃgico da quitosana microbiolÃgica para prevenÃÃo e terapÃutica da doenÃa cÃrie, sugerindo seu emprego como biomaterial odontolÃgico

ASSUNTO(S)

absorÃÃo de bactÃrias cariogÃnicas ao dente - inibiÃÃo cunninghamella elegans - produÃao de quitina e quitosana microbiologia aplicada - bactÃrias cariogÃnicas atuaÃÃo anticariogÃnica - atividade antimicrobiana quitosana - produÃÃo e caracterizaÃÃo ciencias biologicas

Documentos Relacionados