Procura de Serviço Médico por Mulheres com Incontinência Urinária

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-08

RESUMO

Objetivo: avaliar a porcentagem de mulheres de 45 a 60 anos com queixa de perda urinária que solicitam tratamento médico, possíveis fatores associados à decisão de consultar e motivos para não fazê-lo. Métodos: realizou-se análise secundária de dados de um inquérito domiciliar sobre o climatério e a menopausa entre mulheres. Por meio de estudo descritivo e exploratório de corte transversal de base populacional, foram selecionadas, por processo de amostragem, 456 mulheres, na faixa etária de 45-60 anos de idade. Avaliaram-se a idade à menopausa e seus fatores associados, prevalência de sintomas climatéricos, uso de serviço médico, autopercepção do estado de saúde e características socioculturais, demográficas e econômicas. Exploraram-se a queixa de perda urinária aos esforços e a procura por atendimento médico em virtude dessa queixa, bem como os fatores que interferiram nessa procura. Os dados foram coletados por meio de entrevistas domiciliares, com questionários estruturados e pré-testados, fornecidos pela Fundação Internacional de Saúde/Sociedade Internacional de Menopausa e pela Sociedade Norte-Americana de Menopausa, adaptados pelos autores. A análise dos dados foi realizada pelo teste exato de Fisher. Resultados: das pacientes entrevistadas, 35% queixaram-se de perda urinária aos esforços, sempre ou às vezes; no entanto, somente 59% das mulheres com queixa procuraram ajuda médica. O principal motivo apontado como responsável pela não-procura foi o fato de acharem que os sintomas não mereciam atenção médica. Conclusão: grande parte das mulheres com incontinência urinária não relata a queixa ao médico se não forem objetivamente questionadas.

ASSUNTO(S)

incontinência urinária menopausa atenção médica

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